PPG - Nutrição

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    Acesso aberto (Open Access)
    Seletividade alimentar em adolescentes matriculados no ensino médio e seus fatores associados
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-10-04) Rocha, Sanny Rafaelly Marcelino [UNIFESP]; Bandoni, Daniel Henrique [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6104429791974852; http://lattes.cnpq.br/2933216756117739
    Introdução: A alimentação não se limita a atender necessidades fisiológicas e uma dieta inadequada pode levar à doenças crônicas e aumento da mortalidade prematura. Analisar hábitos alimentares e fatores socioeconômicos é crucial para identificar riscos à qualidade de vida, como a seletividade alimentar (SA), que limita o consumo de alimentos e pode afetar o desenvolvimento e a saúde a longo prazo, podendo aumentar o risco de Insegurança Alimentar e Nutricional (InSAN). Objetivos: Avaliar os comportamentos relacionados à seletividade alimentar em adolescentes que cursam o ensino médio integrado ao técnico e associar a situação socioeconômica e ao nível de InSAN. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, exploratório e descritivo, que avaliou comportamentos relacionados à seletividade alimentar de estudantes regularmente matriculados no ensino médio integrado ao ensino técnico no Instituto Federal de São Paulo (IFSP). Resultados: A partir das análises relacionadas aos comportamentos associados à SA, foi possível observar que o principal comportamento relacionado à seletividade alimentar relatado pelos estudantes foi o apetite reduzido no decorrer do dia (44,08%), seguido pela dificuldade em aceitar novos alimentos/preparações (34,61%). Mais de um quinto dos estudantes (21,31%) apresentou 5 ou mais comportamentos relacionados à seletividade alimentar. Conclusão: Os comportamentos associados à SA e sua associação a variáveis socioeconômicas e sociodemográficas específicas. Os resultados contribuem para a compreensão da SAN e SA e abrem caminho para novas investigações que possam orientar políticas públicas eficazes no combate à insegurança alimentar e novos estudos relacionados ao distúrbio alimentar mencionado. Este estudo é crucial para entender como fatores socioeconômicos e demográficos afetam a seletividade alimentar e a insegurança nutricional entre adolescentes, fornecendo informações valiosas para orientar políticas públicas e intervenções necessárias.
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    Acesso aberto (Open Access)
    A influência da 2’-fucosil-lactose, galacto-oligossacarídeo e fruto-oligossacarídeo na microbiota intestinal de lactentes saudáveis
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-03-01) Lazarini, Tamara [UNIFESP]; Morais, Mauro Batista de [UNIFESP]; Tonon, Karina Merini [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/2442452609232782; http://lattes.cnpq.br/5056114729141952; http://lattes.cnpq.br/2956255006664860
    Objetivo: Os oligossacarídeos do leite humano (HMOs) são considerados o segundo carboidrato mais abundante do leite humano e com impacto positivo no estabelecimento de uma microbiota intestinal infantil saudável. Analisar a influência dos oligossacarídeos 2´-FL (2-Fucosil-Lactose), GOS (Galacto-oligossacarídeo) e FOS (Fruto-oligossacarídeo), na modulação da microbiota intestinal de lactentes saudáveis em aleitamento artificial foi o principal objetivo do estudo. Métodos: Foram examinadas fezes de 87 lactentes no 1º. e 4º. mês de vida: grupo LM (n=28) em aleitamento materno como referência, grupo HMO (n=29) alimentados com a fórmula experimental com 2´-FL+GOS+FOS e o grupo GOS/FOS (n=30) alimentados com a fórmula controle com GOS+FOS. As amostras fecais foram analisadas utilizando o kit DNA/RNA Shield R1101 e a extração de DNA foi realizada utilizando o kit ZymoBIOMICS DNA Miniprep. A região bacteriana V3 e V4 do gene 16S rRNA foi amplificada e sequenciada no MiSeq Illumina. As sequências geradas foram analisadas utilizando o software QIIME2. Os testes de variância ANOVA, Kruskal-Wallis, índices de riqueza Chao1 e Shannon, as distâncias UniFrac e o teste de Adonis foram utilizados para as diferentes análises estatísticas. Para as vertentes clínicas foram consideradas as variáveis antropométricas e dados dos questionários autopreenchidos. Resultados: O Actinobacteriota foi o filo mais prevalente nos grupos HMO (60,4%) e LM (46,6%), e o Firmicutes apresentou maior abundância relativa para o grupo GOS/FOS (42,4%). A Bifidobacterium e a Escherichia-Shigella foram os dois gêneros bacterianos mais abundantes ao final do estudo nos três grupos. Os lactentes alimentados com fórmulas apresentou maior abundância relativa dos gêneros [Ruminococcus]_gnavus_group. O grupo LM apresentou maior abundância relativa do gênero Lacticaseibacillus em relação ao grupo GOS/FOS. Os grupos que receberam aleitamento artificial apresentaram maior alfa-diversidade da microbiota intestinal quando comparado aos lactentes amamentados (p>0,05). A análise de beta-diversidade não mostrou diferença segundo o tipo de parto ou sexo dos lactentes, no entanto, apresentou diferença estatisticamente significante segundo o tipo de alimentação por grupo, na matriz UNIFRAC ponderada (p< 0,004) e não-ponderada (p< 0,001). Todos os lactentes tiveram crescimento adequado para a idade, sem efeitos adversos. Conclusões: A adição de oligossacarídeos (2’-FL, GOS e FOS) nas fórmulas infantis não aproximou a alfa diversidade da microbiota intestinal dos lactentes em aleitamento artificial à do referencial do leite materno. A beta-diversidade dos três grupos (HMO, GOS+FOS e LM) foram diferentes entre si no final do estudo. A adição da molécula de HMO (2´-FL) em uma fórmula infantil com a combinação de prebióticos GOS+FOS, proporcionou maior abundância relativa do filo Actinobacteriota e do gênero Bifidobacterium ao final da intervenção, que foi similar ao grupo do leite materno (p>0,05). Do ponto de vista clínico, se associou com menor tempo de irritação e mais horas de sono por noite em relação aos demais grupos.
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    Embargo
    A associação entre a compra de alimentos da agricultura familiar e a aquisição de alimentos in natura e minimamente processados no âmbito do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE)
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-11-10) Santana, Sabrina Moura Mercham de [UNIFESP]; Bandoni, Daniel Henrique [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6104429791974852; http://lattes.cnpq.br/7272733425077787
    O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) tem como objetivo oferecer uma alimentação saudável e adequada, que supra as necessidades nutricionais durante o período letivo, para alunos da rede pública de educação básica, conforme necessidade biopsicossociocultural. Além de prezar por ações para o desenvolvimento sustentável. Assim, a Lei n° 11.947 prevê que do recurso transferido pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), seja destinado ao menos 30% para a aquisição de gêneros alimentícios provenientes da agricultura familiar (AF). Deste modo, objetivou-se investigar a associação percentual da agricultura familiar na compra de gêneros alimentícios, segundo os grupos do Guia Alimentar para a População Brasileira. Trata-se de um estudo transversal, cujo dados são secundários, coletados do Sistema de Gestão de Prestação de Compras do FNDE dos municípios brasileiros, no ano de 2016. Foram identificados o percentual de compra da AF, os alimentos adquiridos, a quantidade de cada alimento comprado e os valores pagos em reais. Além disso, foram incluídas as variáveis de regiões do país e Índice de Desenvolvimento Humano Municipal de cada município. Os alimentos foram classificados em 4 grupos, conforme preconizado nas diretrizes do Guia Alimentar para a População Brasileira. As análises estatísticas foram realizadas no programa Stata. Dos municípios estudados, 39% atingiram o mínimo estabelecido pela legislação para aquisição de alimentos da agricultura familiar e apenas 18% não adquiriram gêneros alimentícios oriundos da AF. Os resultados das análises de participação energética, quantidade em gramas e recursos destinados de cada um dos grupos de alimentos do GAPB, demonstraram que houve maior contribuição de gêneros do grupo de alimentos in natura e minimamente processados nas entidades, cuja aquisição de produtos da AF superou os 30%. A compra de alimentos provenientes da agricultura familiar contribui para maiores aquisições de alimentos in natura e minimamente processados.
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    Embargo
    Custo-efetividade do emprego do teste de desencadeamento oral no diagnóstico e tratamento da alergia ao leite de vaca sob a perspectiva do sistema público de saúde
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-05-29) Rodrigues, Vanessa Cristina de Castro [UNIFESP]; Morais, Mauro Batista de [UNIFESP]; Fonseca, Marcelo Cunio Machado [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/3881000445523759; http://lattes.cnpq.br/5056114729141952; http://lattes.cnpq.br/8584722273759265
    Objetivo: Estimar a relação de custo-efetividade do teste de desencadeamento oral no diagnóstico e avaliação do desenvolvimento de tolerância de lactentes em aleitamento artificial com manifestações clínicas gastrointestinais de alergia às proteínas do leite de vaca não IgE-mediadas, sob a perspectiva do sistema público de saúde. Métodos: Foi construído um modelo de decisão para comparar duas estratégias: 1. PRÁTICA RECOMENDADA de acordo com as diretrizes, que preconizam realização dos testes de desencadeamento para 100% dos pacientes; 2. PRÁTICA ATUAL, cuja frequência de realização dos testes de desencadeamento baseou-se em dados obtidos em estudo sobre prática médica para manejo da alergia ao leite de vaca gastrointestinal não IgE-mediada, realizado em 2022 com apoio da Sociedade Brasileira de Pediatria. Os dois braços diferenciavam-se apenas pela frequência de indicação médica dos testes de desencadeamento. Déficit antropométrico foi considerado como desfecho para caracterizar a ocorrência de manifestações clínicas graves. Para obtenção desse dado, foi realizada revisão sistemática e meta-análise sobre frequência de déficit antropométrico em lactentes brasileiros de 0 a 6 meses de idade com alergia ao leite de vaca. Considerou-se que 10% dos pais recusariam a realização dos testes de desencadeamento e 3,65 e 24 meses como idades de admissão e horizonte, respectivamente. Foram aplicados outros dados obtidos na pesquisa sobre prática médica, complementados com dados da literatura, custos do sistema público de saúde em moeda local (Real) e taxa de desconto de 5% para custos e desfechos. O desfecho da efetividade foi o tempo em dieta sem exclusão e os valores de AVAQ (anos de vida ajustados pela qualidade): com alergia=0,84; sem alergia=0,94. Foram realizadas análises de sensibilidade univariada e probabilística e de impacto orçamentário. Foram utilizadas as seguintes ferramentas: Formulário Google para coleta e Jamovi para análise estatística da pesquisa sobre prática médica; Próspero para registro da revisão sistemática, Rayyan para seleção dos artigos e ProMeta3 para proceder a metanálise; Microsoft Excel para cálculo da razão de custo-efetividade incremental e análise de sensibilidade. Resultados: O estudo sobre prática médica incluiu 447 participantes, dos quais 56% e 45% informaram indicar o teste de desencadeamento diagnóstico para lactentes com manifestações clínicas leves-moderadas e graves, respectivamente; e 93% o teste de desencadeamento para avaliação do desenvolvimento de tolerância. Essas probabilidades foram aplicadas na PRÁTICA ATUAL. A metanálise incluiu 387 lactentes provenientes de sete estudos. Com os dados agregados de cada estudo, fez-se a síntese utilizando modelo metanalítico de efeitos randômicos. A metanálise resultou em prevalência de déficit antropométrico de 24% (IC95% = 16%; 36%). A PRÁTICA RECOMENDADA gerou, em média, economia de R$1.208, ganho de +0,019 AVAQs e +70 dias em dieta sem exclusão/paciente. Na análise de sensibilidade probabilística, 100% das simulações da custo-efetividade e 95,4% da custo-utilidade mostraram menor custo e maior efetividade. Em cinco anos, a economia seria de R$646 milhões. Conclusões: O uso do teste de desencadeamento oral no diagnóstico e tratamento da alergia ao leite de vaca gastrointestinal não IgE-mediada é uma estratégia dominante, que melhora a qualidade de vida, proporciona mais tempo em dieta sem exclusão e reduz custos.
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    Embargo
    Caracterização de produtos de base vegetal análogos de lácteos e avaliação da qualidade nutricional a partir das informações dos rótulos
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-08-23) Batista, Allyne Oliveira Morrone [UNIFESP]; Rosso, Veridiana Vera de [UNIFESP]; Capriles, Vanessa Dias [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/2781360640415360; http://lattes.cnpq.br/4938721558237749; http://lattes.cnpq.br/5121171429529971
    Introdução: Os alimentos vegetais análogos de lácteos (AVALs) são uma categoria de alimentos com crescimento de consumo em nível global. Contudo, sua qualidade nutricional em comparação com homólogos de origem animal carece de mais estudos. No Brasil, ainda não existe legislação que faça o regramento dos padrões de identidade e qualidade desses produtos. Objetivo: Caracterizar os AVALs comercializados no Brasil, através das informações presentes nos rótulos e avaliar a qualidade nutricional destes alimentos empregando diferentes Esquemas de Classificação Nutricional (ECN). Métodos: Foram fotografadas as informações de todas as faces dos rótulos dos AVALs e seus respectivos lácteos tradicionais, entre maio de 2022 a setembro de 2023, em redes varejistas do estado de São Paulo. Após a coleta, foram utilizados diferentes quatro ECNs, três baseados em nutrientes, sendo o Nutri-Score, o esquema de Rotulagem Nutricional Frontal (RNF) do Brasil e o Modelo de Perfil de Nutrientes da OPAS) e um baseado em alimentos, a classificação NOVA. Também foram estabelecidos os níveis de concordâncias entre os diferentes ECNs, empregando o coeficiente k-Cohen. Resultados: A composição nutricional e os ingredientes foram obtidos a partir dos rótulos de 263 AVALs e 422 produtos lácteos tradicionais. Entre os AVALs, 28,1% eram análogos de leite, 26,2% análogos de queijo, 16,3% análogos de bebidas lácteas e proteicas, 11% análogos de iogurte, 11,8% análogos de manteiga e creme de leite e 6,5% análogos de requeijão e cream cheese. Em sua maioria, os AVALs utilizavam a castanha-de-caju, amêndoas ou amendoim como principal ingrediente proteico (n=112; 42.1%). Os teores de proteínas dos AVALs foram menores que nos produtos lácteos tradicionais, comportamento também observado nos níveis de sódio. Em contrapartida, o conteúdo de fibras foi maior, porém nenhum produto pode ser caracterizado como fonte de fibras. Mais de 52% dos AVALs foram avaliados como de baixa qualidade nutricional pelo Nutri-Score, enquanto 81,7% foram classificados como ultraprocessados pela classificação Nova. Segundo o perfil de nutrientes da OPAS, 50,2% dos AVALs apresentaram boa qualidade nutricional, resultado semelhante a classificação obtida a partir da Rotulagem Nutricional Frontal (RNF) do Brasil (54,7%). A concordância entre os ECNs Nutri-Score e RNF do Brasil foram substanciais e excelentes em algumas categorias de AVALs (análogos de manteiga creme de leite, requeijão e cream cheese) e para o total de AVALs e produtos lácteos tradicionais. Conclusão: A utilização do RNF do Brasil pode servir de guia para a escolha dos análogos de lácteos, especialmente devido à excelente concordância observada com o Nutri-Score.