Dinâmica respiratória em mulheres de meia idade vocalmente saudáveis durante tarefas fonatórias para avaliação da funcionalidade vocal: dados preliminares para a prática clínica

Data
2024-11-07
Tipo
Trabalho de conclusão de curso
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Resumo
INTRODUÇÃO: A voz humana passa por mudanças naturais ao longo da vida. A faixa de idade do adulto jovem corresponde ao período em que todos os subsistemas da voz estão plenamente desenvolvidos e com bom desempenho. Estudos importantes têm sido realizados com adultos jovens, mas a literatura ainda carece de informações sobre a produção vocal de indivíduos de meia idade, especialmente da dinâmica respiratória durante tarefas que avaliam a funcionalidade vocal, como as do campo dinâmico vocal (CDV). Objetivo: Investigar a dinâmica respiratória de mulheres de meia-idade vocalmente saudáveis durante a realização das tarefas do CDV com variação de intensidade por meio da pletismografia respiratória de indutância. Método: Trata-se de um estudo transversal aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, número de parecer 6.946.377. Participaram da pesquisa 12 mulheres de meia-idade de 46 a 59 anos (média da idade = 51,52; e média do IMC = 24,90). A tarefa fonatória consistiu da contagem de 1 a 30 em intensidades habitual, fraca e forte. A dinâmica respiratória foi analisada por meio da pletismografia de indutância, com a utilização de duas cintas respiratórias, uma posicionada na altura da axila (expansibilidade da caixa torácica - CT) e outra na região abdominal (expansibilidade da região abdominal - AB). Parâmetros da dinâmica respiratória: medida da amplitude de movimento inspiratório e expiratório da CT e da região AB; e quantidade de ciclos respiratórios ao longo da contagem de números, em mV. Resultados: Na fase inspiratória, a média da amplitude de movimento inspiratório da CT, que foi de 0.0095 na intensidade habitual, de 0.0087 na fraca e de 0.0222 na forte, não diferiu significantemente da média da amplitude de movimento da região AB, de 0.0106 na habitual, de 0.0096 na fraca e de 0.018 na forte intensidade. Na fase expiratória, a média da amplitude de movimento expiratório da CT, de 0.0108 na intensidade habitual, de 0.0117 na fraca e de 0.0236 na forte, também não diferiu significantemente da média da amplitude de movimento da região AB, de 0.0108 na habitual, de 0.0137 na fraca e de 0.0283 na forte intensidade. Em relação ao número de ciclos respiratórios nas três intensidades, observou-se a predominância de 3 a 4 ciclos na intensidade habitual e de 1 a 2 ciclos na intensidade forte. Na intensidade fraca, o número de ciclos respiratórios se mostrou disperso, sem predominância. Conclusão: A dinâmica respiratória de mulheres de meia-idade vocalmente saudáveis caracterizou-se por amplitude de movimento inspiratório e expiratório da CT e da região AB semelhante. O número de ciclos respiratórios ao longo da contagem foi menor na emissão em intensidade forte.
Introduction: The human voice undergoes natural changes throughout life. The young adult stage corresponds to a period when all voice subsystems are fully developed and perform efficiently. While significant research has been conducted on young adults, the literature still lacks information on the vocal production of middle-aged individuals, particularly regarding respiratory dynamics during tasks that evaluate vocal functionality, such as those in the vocal dynamic range (VDR). Objective: To investigate the respiratory dynamics of vocally healthy middle-aged women during VDR tasks with intensity variation using respiratory inductance plethysmography. Method: This is a cross-sectional study approved by the Research Ethics Committee (approval number: 6.946.377). The study included 12 middle-aged women aged 46 to 59 years (mean age = 51.52; mean BMI = 24.90). The phonatory task involved counting from 1 to 30 at habitual, soft, and loud intensities. Respiratory dynamics were analyzed using inductance plethysmography with two respiratory bands: one positioned at the axillary level (thoracic cage expandability - TC) and the other in the abdominal region (abdominal expandability - AB). Respiratory dynamic parameters included the amplitude of inspiratory and expiratory movement in the TC and AB regions and the number of respiratory cycles during the counting task, measured in mV. Results: During the inspiratory phase, the mean inspiratory movement amplitude of the TC, 0.0095 at habitual intensity, 0.0087 at soft intensity, and 0.0222 at loud intensity, did not differ significantly from the AB region's amplitude, which was 0.0106 at habitual, 0.0096 at soft, and 0.018 at loud intensity. During the expiratory phase, the mean expiratory movement amplitude of the TC, 0.0108 at habitual intensity, 0.0117 at soft intensity, and 0.0236 at loud intensity, also showed no significant difference compared to the AB region's amplitude, which was 0.0108 at habitual, 0.0137 at soft, and 0.0283 at loud intensity. Regarding the number of respiratory cycles across the three intensities, 3 to 4 cycles predominated at habitual intensity, while 1 to 2 cycles predominated at loud intensity. For soft intensity, the number of respiratory cycles was dispersed without a clear predominance. Conclusion: The respiratory dynamics of vocally healthy middle-aged women were characterized by similar inspiratory and expiratory movement amplitudes in the TC and AB regions. The number of respiratory cycles during counting was lower at loud intensity.
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SILVA, Erica Kiyoko Yamauchi. Dinâmica respiratória em mulheres de meia idade vocalmente saudáveis durante tarefas fonatórias para avaliação da funcionalidade vocal: dados preliminares para a prática clínica. 2024. 58 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Fonoaudiologia) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). São Paulo, 2024.
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