Alterações de laringe em crianças com cardiopatias congênitas
Data
2015-09-30
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Introduction: Congenital heart diseases (CHD) occurs in about 8-10 children per 1,000 live births, accounting for a large number of surgeries in the pediatric population. It is believed that these surgical procedures can cause laryngeal disorders, particularly vocal cord paralysis, and consequently postoperative complications; ventilation and extubation difficulties, and respiratory and subsequent phonation disorders. Several studies have shown that many children with CHD also present with associated laryngeal disturbs, which could contribute to postoperative complications. Due to the high frequency of surgeries for congenital heart diseases, it becomes important to find effective ways that help to prevent, minimize or treat such complications as early as possible. Objectives: Assess the occurrence of laryngeal diseases in patients with congenital heart disease and to determine whether the presence of these diseases is a critical postoperative complication outcome factor. Methods: A total of 52 pediatric patients undergoing cardiothoracic surgery at the Little Prince Hospital in Curitiba were evaluated. Patients underwent laryngoscopy with flexible laryngoscope (LF) to evaluate the characteristics of the upper airway before and after surgery. Information regarding demographic and clinical characteristics of the patients, as well as the outcome during hospitalization were collected. Data were statistically analyzed using Chi-square test or Fisher's exact test. Two-tailed t test was used to compare numeric variables. Results: Of 52 patients, Twenty-eight (53.8%) were female and 24 (46.2%) male (Figure 3). The median (percentil25-75%) age was 12 (5-60) months, a minimum of 0.4 months and a maximum of 264 months. Twenty-five percent of patients had some type of laryngeal affection. The diseases found were subglottic stenosis (n = 1) vallecula cyst (n = 1), intubation granuloma (n = 1), epidermoid cyst (n=1), laryngomalacia (n = 9). The occorrence of laryngeal diseases in our study were significantly higher (p <0.001), compared to the general population. No new laryngeal disorders were detected postoperatively, in addition to those initially observed preoperatively. There was no relationship between extubation difficulties and the laryngoscopy findings. Conclusions: The prevalence of laryngeal disorders in children with congenital heart disease is higher than in the general population. The surgical procedure may not be related to the increased frequency of laryngeal disorders, and laryngeal disorders do not seem to be a determinant factor for postoperative complications in these patients.
Introdução: As cardiopatias congênitas (CC) acometem cerca de oito a dez crianças a cada 1.000 nascidos vivos, sendo responsáveis por um grande número de cirurgias na população pediátrica. Acredita-se que esses procedimentos cirúrgicos possam ocasionar distúrbios laríngeos, particularmente a paralisia de cordas vocais, e consequentemente, complicações pós-operatórias, como a dificuldade de ventilação e/ou extubação, além de distúrbios respiratórios e fonatórios posteriores. Vários estudos têm mostrado que grande parte das crianças com CC também apresentam alterações laríngeas associadas as quais poderiam contribuir para as complicações observadas no pós-operatório. Em decorrência da alta frequência de cirurgias para correção de cardiopatia congênita, torna-se importante encontrar meios eficazes que auxiliem a prevenir, minimizar ou tratar precocemente tais complicações. Objetivos: Avaliar a ocorrência de alterações laríngeas em pacientes portadores de CCs e a associação entre a presença dessas alterações e complicações pós-operatórias. Método: Foram avaliados 52 pacientes pediátricos submetidos a cirurgia cardiotorácica no Hospital Pequeno Príncipe de Curitiba/PR (Brasil). Os pacientes foram submetidos à laringoscopia com laringoscópio flexível para avaliar as características laríngeas antes da cirurgia. Um novo exame foi realizado após a extubação (em um período que variou de 5 horas a 7 dias após). Foram observadas as características clínicas e demográficas dos pacientes, assim como sua evolução durante a internação hospitalar. As variáveis numéricas foram representadas como média e desvio padrão ou mediana e percentis 25-75%, quando a distribuição não era normal. Os dados foram analisados estatisticamente através do teste do Qui-quadrado ou teste exato de Fisher. O teste t bilateral foi utilizado na comparação de variáveis numéricas. Resultados: Dos cinquenta e dois pacientes, 28 (53,8%) eram do sexo feminino. A mediana (percentil 25-75%) de idade foi de 12,0 (5,0 -60,0) meses, valor mínimo de 0,4 meses e máximo de 264,0 meses. Vinte e cinco por cento dos pacientes apresentaram algum tipo de alteração laríngea no período pré-operatório. As alterações encontradas foram: estenose subglótica (n=1) cisto de valécula (n=1), granuloma de intubação (n=1), cisto epidermóide (n=1), laringomalácia (n=9). Não ocorreram casos novos de alteração laríngea na laringoscopia do período no pós-operatório. A laringoscopia alterada não estava relacionada à intubação prolongada ou a complicações pós operatórias observadas. Conclusão: Houve elevada ocorrência de alterações laríngeas em crianças portadoras de cardiopatia congênita. O procedimento cirúrgico não parece estar relacionado ao aumento da frequência de alterações laríngeas, e as alterações laríngeas não parecem ser um fator determinante de complicações pós-operatórias nestes pacientes.
Introdução: As cardiopatias congênitas (CC) acometem cerca de oito a dez crianças a cada 1.000 nascidos vivos, sendo responsáveis por um grande número de cirurgias na população pediátrica. Acredita-se que esses procedimentos cirúrgicos possam ocasionar distúrbios laríngeos, particularmente a paralisia de cordas vocais, e consequentemente, complicações pós-operatórias, como a dificuldade de ventilação e/ou extubação, além de distúrbios respiratórios e fonatórios posteriores. Vários estudos têm mostrado que grande parte das crianças com CC também apresentam alterações laríngeas associadas as quais poderiam contribuir para as complicações observadas no pós-operatório. Em decorrência da alta frequência de cirurgias para correção de cardiopatia congênita, torna-se importante encontrar meios eficazes que auxiliem a prevenir, minimizar ou tratar precocemente tais complicações. Objetivos: Avaliar a ocorrência de alterações laríngeas em pacientes portadores de CCs e a associação entre a presença dessas alterações e complicações pós-operatórias. Método: Foram avaliados 52 pacientes pediátricos submetidos a cirurgia cardiotorácica no Hospital Pequeno Príncipe de Curitiba/PR (Brasil). Os pacientes foram submetidos à laringoscopia com laringoscópio flexível para avaliar as características laríngeas antes da cirurgia. Um novo exame foi realizado após a extubação (em um período que variou de 5 horas a 7 dias após). Foram observadas as características clínicas e demográficas dos pacientes, assim como sua evolução durante a internação hospitalar. As variáveis numéricas foram representadas como média e desvio padrão ou mediana e percentis 25-75%, quando a distribuição não era normal. Os dados foram analisados estatisticamente através do teste do Qui-quadrado ou teste exato de Fisher. O teste t bilateral foi utilizado na comparação de variáveis numéricas. Resultados: Dos cinquenta e dois pacientes, 28 (53,8%) eram do sexo feminino. A mediana (percentil 25-75%) de idade foi de 12,0 (5,0 -60,0) meses, valor mínimo de 0,4 meses e máximo de 264,0 meses. Vinte e cinco por cento dos pacientes apresentaram algum tipo de alteração laríngea no período pré-operatório. As alterações encontradas foram: estenose subglótica (n=1) cisto de valécula (n=1), granuloma de intubação (n=1), cisto epidermóide (n=1), laringomalácia (n=9). Não ocorreram casos novos de alteração laríngea na laringoscopia do período no pós-operatório. A laringoscopia alterada não estava relacionada à intubação prolongada ou a complicações pós operatórias observadas. Conclusão: Houve elevada ocorrência de alterações laríngeas em crianças portadoras de cardiopatia congênita. O procedimento cirúrgico não parece estar relacionado ao aumento da frequência de alterações laríngeas, e as alterações laríngeas não parecem ser um fator determinante de complicações pós-operatórias nestes pacientes.
Descrição
Citação
TORRES, Ana Amelia Soares. Alterações de laringe em crianças com cardiopatias congênitas. 2015. 41 f. Dissertação (Mestrado) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2015.