Utilização de bombas de infusão no transporte terrestre inter-hospitalar
Data
2018-12-20
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
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Título de Volume
Resumo
Introduction: Interhospital patient transportation is a frequent activity when the need for treatment supersedes the assistance capacity of the hospital. The use of Infusion Pumps (IP) to infuse drugs is a common method of intravenous therapy inside
ambulances. The proposed problem is whether the equipment frequently used and
tested inside the hospitals are adequate for ground transportation of patients.
Objective: To verify the performance, alarm triggering, volume differences and the
influence of transportation physical conditions of the IP. Setting and method:
experimental study performed through infusion simulations using fluorometric,
volumetric and syringe IPs, during interhospital
transportation by basic and advance
file support ambulances of the prehospital
service in Vale do Ribeira Sao
Paulo. 54
experiments were performed, 18 using fluorometric IPs, 18 using volumetric IPs, and
18 using IPs by syringe. The equipment was tested at three different flows (1ml/h,
5ml/h and 50ml/h). Researched variables: measured, registered and expected
volumes; type and number of alarm triggering; and ground transportation conditions
such as speed, temperature, humidity, trepidation and length. For variance analysis
tests OneWay
ANOVA e KruskalWallis
were applied. The exact tests of Fischer or
Quiquadrado
were adopted to analyze the categoric variables. The significance level
was established at 5%. Results: average of the transportation conditions: speed
146,31 ±79,89 km, time 128,72 ±72,20 min., maximum speed of 116,24 ±10,73 Km/h,
maximum trepidation 6,65 ±0,94 in the Ritcher scale, temperature of 24,41 ±4,38 ºC
and humidity of 76,25 ±8,39% inside the cabin. Average of the volumes: measured
volume 32,18 ±49,98 mL; Expected volume 34,47 ±51,20 mL and Registered volume
31,50 ±48,31 mL. Fluorometric pumps had the highest alarm triggering (50%), followed
by the syringe pumps (38,9%) and volumetric pumps (22,2%). The free flow alarm was
dominant in the fluorometric pumps and air in the line and obstruction alarms were
more common in volumetric and syringe pumps. The volume analysis demonstrated
that, in all three types of IP, the expected volume of infusions was higher than the
actual volume infused and registered by the IP. The trepidation had the highest
correlation with the difference among volumes, Expected, Measured and Registered
and the error percentage was a minimum of 2,80% and maximum of 25,93%.
Conclusion: The three types of IPs presented performance alterations and the highest
frequency of free flow alarm was in the fluorometric ones, specially at a infusion speed
of 50mL. The expected volume was higher than the infused volume in all three types
of tested IP. There were interferences in the IPs performance when they were
subjected to the physical conditions of transportation, specially trepidation and the
error percentage was higher than the one defined by the Brazilian Agency of Technical
Rules (ABNT).
Introdução: O transporte interhospitalar de pacientes referese à transferência de pacientes entre serviços de atendimento à saúde de maior ou menor complexidade com vistas a usufruir de intervenções e terapêuticas não disponíveis no local original de atendimento. Durante o transporte, a infusão de fármacos e soluções por meio de bombas de infusão (BI) é prática comum, contudo, questionase a adequação de equipamentos utilizados e testados em ambientes estáticos durante o transporte terrestre de pacientes. Objetivos: verificar o desempenho de BI, acionamento dos alarmes e volumes infundidos durante transporte terrestre e a influência das condições de transporte sobre o funcionamento das BI. Materiais e Métodos: Estudo experimental realizado por meio de simulações de infusões usando BI fluxométricas, volumétricas e por seringa, durante transporte interhospitalar de pacientes em ambulâncias de suporte básico e avançado de vida de um serviço de atendimento préhospitalar no Vale do Ribeira São Paulo. Foram realizadas 54 simulações, 18 com BI fluxométricas, 18 com BI volumétricas e 18 com BI por seringa. Os equipamentos foram testados em velocidades de infusão de 1mL/h, 5mL/h e 50mL/h. Variáveis investigadas: volumes medido, registrado e esperado, número e tipo de alarmes, e condições de transporte como velocidade, temperatura e umidade ambiente, trepidação e distância percorrida. Para análise de variância foram aplicados os testes OneWay ANOVA e KruskalWallis. Os testes exatos de Fisher ou Quiquadrado foram adotados para análise de variáveis categóricas. O nível de significância foi estabelecido em 5%. Resultados: média das condições de transporte dentro da cabine: distância 146,31±79,89 km, tempo 128,72±72,20 min., velocidade máxima de 116,24±10,73 Km/h, trepidação máxima de 6,65±0,94 na escala Ritcher, temperatura de 24,41±4,38 ºC e umidade de 76,25±8,39% Média dos volumes praticados durante o transporte: volume medido 32,18±49,98 mL; volume esperado 34,47±51,20 mL e volume registrado 31,50±48,31 mL. BI fluxométricas apresentaram maior frequência de alarmes (50,0%), seguido das BI por seringa (27,8%) e volumétricas (22,2%). O alarme de fluxo livre predominou nas BI fluxométricas, enquanto alarmes de ar na linha e oclusão ocorreram mais nas BI volumétricas e por seringa. A análise dos volumes demonstrou que, nos três tipos de BI, o volume de infusão esperado foi maior do que o realmente infundido. A porcentagem de erro mínima foi de 2,80% e máxima de 25,93%. BI fluxométricas foram as que apresentaram maior porcentagem de erro. A trepidação foi a variável do transporte que mais apresentou correlação com a diferença dos volumes esperado, medido e registrado. Conclusão: Os três tipos de BI apresentaram alterações de funcionamento sendo as BI fluxométricas as que apresentaram a maior frequência de alarmes de fluxo livre, principalmente com velocidade de infusão de 50mL/h. O volume de infusão esperado foi maior do que o realmente infundido e registrado pela BI, nos três tipos de BI testadas. Houve interferência no funcionamento das BI quando submetidas as condições físicas de transporte, principalmente a trepidação e a porcentagem de erro em algumas situações ultrapassou o valor de 5%, referência definida pela Agencia Brasileira de Normas Técnicas.
Introdução: O transporte interhospitalar de pacientes referese à transferência de pacientes entre serviços de atendimento à saúde de maior ou menor complexidade com vistas a usufruir de intervenções e terapêuticas não disponíveis no local original de atendimento. Durante o transporte, a infusão de fármacos e soluções por meio de bombas de infusão (BI) é prática comum, contudo, questionase a adequação de equipamentos utilizados e testados em ambientes estáticos durante o transporte terrestre de pacientes. Objetivos: verificar o desempenho de BI, acionamento dos alarmes e volumes infundidos durante transporte terrestre e a influência das condições de transporte sobre o funcionamento das BI. Materiais e Métodos: Estudo experimental realizado por meio de simulações de infusões usando BI fluxométricas, volumétricas e por seringa, durante transporte interhospitalar de pacientes em ambulâncias de suporte básico e avançado de vida de um serviço de atendimento préhospitalar no Vale do Ribeira São Paulo. Foram realizadas 54 simulações, 18 com BI fluxométricas, 18 com BI volumétricas e 18 com BI por seringa. Os equipamentos foram testados em velocidades de infusão de 1mL/h, 5mL/h e 50mL/h. Variáveis investigadas: volumes medido, registrado e esperado, número e tipo de alarmes, e condições de transporte como velocidade, temperatura e umidade ambiente, trepidação e distância percorrida. Para análise de variância foram aplicados os testes OneWay ANOVA e KruskalWallis. Os testes exatos de Fisher ou Quiquadrado foram adotados para análise de variáveis categóricas. O nível de significância foi estabelecido em 5%. Resultados: média das condições de transporte dentro da cabine: distância 146,31±79,89 km, tempo 128,72±72,20 min., velocidade máxima de 116,24±10,73 Km/h, trepidação máxima de 6,65±0,94 na escala Ritcher, temperatura de 24,41±4,38 ºC e umidade de 76,25±8,39% Média dos volumes praticados durante o transporte: volume medido 32,18±49,98 mL; volume esperado 34,47±51,20 mL e volume registrado 31,50±48,31 mL. BI fluxométricas apresentaram maior frequência de alarmes (50,0%), seguido das BI por seringa (27,8%) e volumétricas (22,2%). O alarme de fluxo livre predominou nas BI fluxométricas, enquanto alarmes de ar na linha e oclusão ocorreram mais nas BI volumétricas e por seringa. A análise dos volumes demonstrou que, nos três tipos de BI, o volume de infusão esperado foi maior do que o realmente infundido. A porcentagem de erro mínima foi de 2,80% e máxima de 25,93%. BI fluxométricas foram as que apresentaram maior porcentagem de erro. A trepidação foi a variável do transporte que mais apresentou correlação com a diferença dos volumes esperado, medido e registrado. Conclusão: Os três tipos de BI apresentaram alterações de funcionamento sendo as BI fluxométricas as que apresentaram a maior frequência de alarmes de fluxo livre, principalmente com velocidade de infusão de 50mL/h. O volume de infusão esperado foi maior do que o realmente infundido e registrado pela BI, nos três tipos de BI testadas. Houve interferência no funcionamento das BI quando submetidas as condições físicas de transporte, principalmente a trepidação e a porcentagem de erro em algumas situações ultrapassou o valor de 5%, referência definida pela Agencia Brasileira de Normas Técnicas.
Descrição
Citação
ARCENTALES HERRERA, Jenny del Carmen. Utilização de bombas de infusão no transporte terrestre interhospitalar. 2018. 79 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de São Paulo, Escola Paulista de Enfermagem, São Paulo, 2018.