PPG - Enfermagem
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Avaliação da satisfação da qualidade em uma Unidade da Atenção Primária Acreditada(Universidade Federal de São Paulo, 2023-07-22) Domingues, Maria Aparecida [UNIFESP]; Bohomol, Elena [UNIFESP]; Gonçalves, Geisa Colebrusco de Souza [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0097434850233282; http://lattes.cnpq.br/0048156985550471; http://lattes.cnpq.br/2098096111916063Objetivo: Avaliar a satisfação da qualidade do serviço prestado em uma unidade da Atenção Primária acreditada, sob a ótica do profissional e do paciente. Método: Tratase de um estudo descritivo, exploratório, com abordagem quantitativa, na modalidade pesquisa de campo, realizado em uma Unidade Básica de Saúde de São Paulo. Participaram do estudo 249 pacientes e 51 profissionais, que foram entrevistados com uso do questionário Service Quality Gap Analysis validado para serviços do Sistema Único de Saúde. Resultados: Na visão dos profissionais, as seis dimensões que compõem o modelo apresentaram resultados satisfatórios (médias acima de 3,00) variando na expectativa (de 3,41 a 4,14) e na percepção (de 3,12 a 3,48). Na análise dos gaps (diferença entre a expectativa e percepção), a Tangibilidade e a Confiabilidade apresentaram valor negativo, demonstrando que há pontos a melhorar, enquanto a Presteza, Segurança, Empatia e Acesso, ainda que com valor negativo observou-se no cálculo do p valor, não haver relevância estatística entre percepção e expectativa, com médias muito próximas. Na ótica dos pacientes, verificou-se médias satisfatórias (acima de 3,00) na expectativa, variando de 3,43 a 4,46, entretanto a percepção apresentou variação entre 2,48 a 3,86, sendo que o Acesso teve a menor média 2,48, apontando pouca satisfação; todas as dimensões apresentaram gap negativo, indícios de expectativas frustradas, com destaque para o Acesso -0,96 e a Confiabilidade -0,74. Na avaliação geral da Unidade (questão 20), trabalhadores e pacientes apresentaram médias satisfatórias de percepção, 3,52 e 3,57 respectivamente, e gap negativos nos dois grupos, -0,51 e -0,92 respectivamente. Conclusões: Concluiu-se que a satisfação da qualidade era diferente entre os dois grupos, na percepção dos trabalhadores observou-se médias - satisfeito; enquanto para os pacientes médias entre - pouco satisfeito a satisfeito. A avaliação evidenciou gaps da qualidade que podem ser aperfeiçoados no processo de trabalho, premissa da melhoria contínua.
- ItemEmbargoAnálise dos Indicadores de Qualidade da Triagem Auditiva Neonatal Universal da rede municipal de São Paulo(Universidade Federal de São Paulo, 2024-02-20) Nakamai, Lisandra Sousa Macedo [UNIFESP]; Mandetta, Myriam Aparecida [UNIFESP]; Balieiro, Maria Magda Ferreira Gomes [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9173690204516872; http://lattes.cnpq.br/3111422210593688; http://lattes.cnpq.br/7541295121425141Introdução: A Triagem Auditiva Neonatal Universal desempenha o papel de identificação da deficiência auditiva, etapa que levará ao diagnóstico e intervenções oportunas. Neste estudo é questionado se a Triagem Auditiva Neonatal Universal da rede municipal de São Paulo atende aos indicadores de qualidade estabelecidos pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo. Objetivo: Analisar os indicadores de qualidade da Triagem Auditiva Neonatal Universal da rede municipal de São Paulo. Método: Estudo transversal retrospectivo, cujo dados foram coletados de formulários de triagem auditiva de crianças nascidas em maternidades públicas municipais e/ou conveniadas com a prefeitura de São Paulo, no período de 2016 a 2022, armazenados no banco de dados da Secretaria Municipal de São Paulo. Foi realizada a análise descritiva e inferencial dos dados referentes aos indicadores de qualidade da triagem auditiva neonatal universal: universalidade, risco para a deficiência auditiva, realização do Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico Automático na internação, falha no teste da internação, índice de comparecimento ao retorno, falha no reteste, horas de vida no momento do teste e dias de vida no momento do reteste; das variáveis referentes às crianças quanto ao sexo, região de moradia e indicadores de risco para a deficiência auditiva; e relativas aos resultados da triagem auditiva. Resultados: Foram analisados 347.920 formulários; destes, 2.658 (0,8%) eram de crianças que não realizaram a triagem auditiva devido a óbito ou transferência de hospital e 345.262 eram de crianças que realizaram o teste, sendo que 343.541 (98,7%) passaram; 1.283 (0,4%) falharam; e 438 (0,1%) não concluíram ou estavam em andamento. A maioria das crianças triadas era do sexo masculino (176.288; 51%) e os riscos mais frequentes apresentados foram o uso de medicação ototóxica (8.019; 18,4%), sífilis congênita (7.988; 18,3%), seguida de permanência na UTI por mais de cinco dias (7.737; 17,7%). Dentre as crianças que obtiveram resultado “Falha”, as chances de risco para deficiência auditiva foram associadas com síndromes genéticas (OR:66,52), distúrbios neurodegenerativos/neuropatias (OR: 65,99) e hemorragia ventricular (OR: 37,12), considerando o intervalo de confiança de 95% e 429 (33,4%) residiam na região sul da cidade de São Paulo. Os indicadores de qualidade avaliados foram: universalidade (97,8%); identificação de risco para a deficiência auditiva (8,2%); realização do Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico Automático para crianças com risco durante a internação (99,9%); identificação do número total de falhas no teste da internação(1,6%); índice de comparecimento para reteste (92,8%); número total de falhas no reteste (0,4%); horas de vida no momento da triagem com mediana de 37 horas; e dias de vida no momento do reteste com mediana de 21 dias. Conclusão: A Triagem Auditiva Neonatal realizada nas maternidades sob gestão municipal de São Paulo, analisada no recorte de sete anos de funcionamento, atendeu a todos os indicadores de qualidade estabelecidos pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo e pelas diretrizes nacionais do Ministério da Saúde.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Aplicação do método “NOA” na análise da eficiência na realização dos transplantes de órgãos no Brasil(Universidade Federal de São Paulo, 2024-08-23) Thomé, Tadeu [UNIFESP]; Roza, Bartira de Aguiar [UNIFESP]; Garcia, Valter Duro; http://lattes.cnpq.br/2899547581052443; http://lattes.cnpq.br/9255434835123749; http://lattes.cnpq.br/5971671350000053Introdução: O acesso universal e igualitário à saúde é um direito constitucional garantido à população brasileira que dever ser assegurado pelo Estado por meio de políticas sociais e econômicas. Apesar dos esforços governamentais, ainda encontramos desigualdades sociais em saúde no Brasil, particularmente, nos transplantes de órgãos. Ao analisar os números dos transplantes por região do Brasil, observa-se disparidade entre as suas modalidades e os locais onde foram realizados. Em 2021, é publicado artigo com a possibilidade de calcular a disparidade entre aqueles que aguardam por um transplante e a possibilidade de realizá-lo. Uma fórmula matemática é apresentada como mais um indicador e uma ferramenta de análise para contribuir com políticas públicas capazes de diminuir essa desigualdade. Objetivo: Aplicar o método NOA Necessidade/Oportunidade/Acessibilidade na análise da eficiência na realização dos Transplantes de Órgãos no Brasil. Métodos: Estudo de coorte retrospectiva de dados secundários obtidos pela coleta direta de bases já existentes e de base populacional, realizados no ano de 2023 e aplicados em fórmula matemática para analisar as variáveis necessidade, oportunidade e acessibilidade dos transplantes de órgãos no Brasil. Resultados: O escore NOA para o transplante de rim no Brasil, em 2023, foi de 12%, para o de fígado foi de 62%, para o de pâncreas foi de 319%, para o transplante de coração foi de 232% e para o de pulmão foi de 585%. A relação entre oferta e demanda para os transplantes variou de 20% (Tx Rim) a 1368% (Tx Pulmão), a taxa de utilização de enxerto variou de 2% (Tx Pulmão) a 68% (Tx Rim) e a taxa de transplante de 14% (Tx Rim) a 50% (Tx Fígado). Nas análises por regiões do país, existem números heterogêneos do escore NOA para todas as modalidades de transplante. A taxa de utilização de enxerto foi maior que as outras métricas para o transplante de rim, chegando a 76% na região Sudeste. No Tx de fígado, ressaltou a relação entre oferta e demanda, atingindo 183% na região Norte. Para as modalidades de coração, pulmão e pâncreas encontramos exacerbada relação entre a oferta e a demanda, com diminutos percentuais para as outas métricas. Conclusão: Implementar indicadores de eficiência no processo doação-transplante é primordial para orientar as ações e políticas de saúde e reduzir desigualdades sociais. Ao utilizar o método NOA alcança-se percentual da resposta dos transplantes às demandas existentes. Apesar das limitações associadas aos dados disponíveis, esse método foi aplicado pela primeira vez, com sucesso, no estudo comparativo de regiões dentro de um país, o Brasil, verificando-se contudo mais complexa a sua aplicação, pois as variáveis e submétricas podem conter inconsistências, devido à logística e dinâmica das atividades, alterando seu resultado.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Inquérito sorológico para SARS-CoV-2 e detecção viral de SARS-CoV-2 e Herpesvírus em crianças e adolescentes em terapia renal substitutiva e seus acompanhantes conviventes(Universidade Federal de São Paulo, 2024-09-10) Morais, Richarlisson Borges de [UNIFESP]; Taminato, Monica [UNIFESP]; Silva, Paulo Henrique Braz da; http://lattes.cnpq.br/5248883801255427; http://lattes.cnpq.br/3626639720691828; http://lattes.cnpq.br/9444486534645116Objetivo: Verificar a soroprevalência de COVID-19 em uma coorte de crianças e adolescentes em terapia renal substitutiva e comparar com a excreção oral de SARS-CoV-2 e Herpesvírus entre os pacientes e seus acompanhantes conviventes. Métodos: Estudo tipo coorte prospectivo, que analisou amostra de sangue para o teste Anti-SARS-CoV-2 e saliva para a reação em cadeia da polimerase com transcrição reversa (RT-PCR) de SARS-CoV-2 e Herpesvírus. Resultados: Foram incluídos 82 participantes no estudo: 20 (24,4%) são do grupo hemodiálise, sendo 10 pacientes e seus respectivos acompanhantes conviventes, e 62 (75,6%) pertencem ao grupo transplante renal, 31 pacientes e seus acompanhantes. No grupo hemodiálise a soroprevalência de SARS-CoV-2 de 20% para os pacientes. Ao comparar pacientes e acompanhantes, notou-se diferença significativa para Epstein-Barr vírus – EBV (p= 0,0235), Citomegalovírus – CMV (p= 0,0350), Herpesvírus Humano 6 - HHV-6 (p= 0,0253) e Herpesvírus Humano 7 - HHV-7 (p= 0,0317). O número de réplicas virais foi diferente para EBV (p= 0,0012) e HHV-6 (<0,0001), com maior carga viral entre os pacientes. Os transplantados renais apresentaram prevalência para SARS-CoV-2 de 77,4% e ao compara-los a seus acompanhantes, notou-se diferença significativa para sorologia de SARS-CoV-2, EBV, CMV, HHV-6. Conclusões: A soroprevalência de COVID-19 nos grupos de crianças e adolescentes em hemodiálise e transplantados renais, bem como em seus acompanhantes conviventes, foi identificada. Além disso, foi possível identificar a excreção oral de Herpesvírus, encontrando réplicas virais de HSV-1, EBV, CMV, HSV-6 e HSV-7. No grupo de participantes submetidos ao transplante renal evidencia-se relação entre a sorologia de SARS-CoV-2 e o CMV.
- ItemEmbargoEfeito de cateteres intravenosos periféricos longos na manutenção dos acessos vasculares até o término da indicação clínica: revisão de escopo e protocolo de ensaio clínico randômico(Universidade Federal de São Paulo, 2024-04-08) Pereira, Maria Luiza Silva [UNIFESP]; Pedreira, Mavilde da Luz Gonçalves [UNIFESP]; Carr, Peter J.; http://lattes.cnpq.br/5901248667753975; http://lattes.cnpq.br/7371144648524727Introdução: Cateteres intravenosos periféricos (CIPs) são dispositivos de amplo uso clínico, disponíveis em variados modelos e características. Um dos avanços tecnológicos dos CIPs advém da premissa de promover cateterização de trajeto mais longo e, possivelmente, mais profundo de veias periféricas, acarretando o desenvolvimento de cateteres intravenosos periféricos longos (CIPLs). Objetivos: Identificar e apresentar as informações disponíveis sobre os CIPLs quanto ao tempo de permanência e ocorrência de eventos adversos em pacientes adultos. Elaborar um protocolo de Estudo clínico Randômico (ECR) para verificar o efeito de CIPLs na manutenção do acesso vascular até o término da indicação clínica em pacientes adultos. Métodos: Delineou-se revisão de escopo fundamentada nas diretrizes do Joana Briggs Institute (JBI) e registrada no Open Science Framework (OSF). As referências extraídas das bases de dados foram gerenciadas no software Zotero, com remoção de duplicatas, e posteriormente no Rayyan CQRI Systems®, sendo analisadas de modo independente por dois revisores. A análise dos dados incluiu variáveis relacionadas ao paciente, cateteres e cuidados de inserção, manutenção e remoção dos CIPLs. Para alcance do segundo objetivo apresenta-se o protocolo de ECR e de superioridade, cego para a análise da variável dependente e estatística de dados, de centro único, realizado em hospital de grande porte da cidade de Salvador, na Bahia. Para a composição da amostra delimitou-se estudo de pacientes maiores de 18 anos, com indicação de terapia intravenosa por via periférica ≥96 horas. Frente ao atendimento de critérios de inclusão, a randomização resultará na formação de grupos paralelos de estudo, denominados grupo intervenção, submetido à inserção de CIPL, e grupo controle, que receberá CIPs curtos (CIPCs). Variáveis dependentes, independentes e complementares foram incluídas no protocolo. Frente à hipótese de estudo de que “a retirada do CIP por término de indicação clínica é maior em pacientes adultos submetidos a cateterização com CPILs do que CIPCs”, as análises inferenciais fixam em 5% o nível de rejeição da hipótese de nulidade. Resultados: A revisão de escopo incluiu 13 artigos, publicados entre 2012 e 2023, abrangendo 8600 pacientes. Identificaram-se estudos observacionais e descritivos (84,6%) e ECRs (15,4%). Predominou uso de CIPLs de 8 cm (53,8%), 20 G (53,8%), inserção por ultrassonografia (100,0%) e técnica de Seldinger (61,5%), com tempo de permanência de 8,94 dias (4,6-14,7 dias), e os principais motivos de retirada precoce foram flebite e obstrução. O protocolo do ECR é apresentado conforme as normas do Consolidated Standards of Reporting Trials (CONSORT). O cálculo amostral considerou 5% de significância e poder do teste de 80% da variável independente sobre a dependente, com base nos resultados de ECR identificado na revisão, estimando-se 604 pacientes. A variável dependente refere-se à retirada do CIP por término da indicação clínica. O protocolo do ECR abrange estudo de 26 variáveis, sendo cinco (19,2%) de caracterização demográfica e clínica, 11 (42,3%) da terapia intravenosa e cateter, e 10 (38,5%) de eventos adversos, além das variáveis independente e dependente. Foram elaborados os procedimentos de inserção, manutenção e retirada de CIPLs e CIPCs, bem como delineadas estratégias de implementação, seguimento e de garantia de adesão ao protocolo do estudo. Conclusão: Identifica-se inicial produção e carência de robustas evidências científicas que demonstrem a influência de CIPLs na promoção de eficácia e segurança, com dados que indicam possíveis melhores benefícios para pacientes com acesso venoso difícil. Foi iniciada a inclusão do protocolo do ensaio clínico na plataforma Clinical Trials e no Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos (ReBEC), não se identificando realização de pesquisas similares em nosso país, ressaltando o potencial para contribuir com evidências que permitam avanço do conhecimento para o alcance do resultado clínico esperado de permanência dos CIPs até o término do tratamento, e sem eventos adversos.