Estudo Comparativo No Manejo Da Dor De Pacientes Classificados Como Urgência Relativa Atendidos Em Um Pronto Atendimento De Excelência
Data
2017-02-24
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Long waiting times at emergency services (ES) increase dissatisfaction and suffering among patients in pain. In these situations, pain management and best practices in nursing are key to ensuring quality care and pain control. Objective: To evaluate the implementation of the Guideline for Antipyretic and Analgesic Administration at Triage (GAAAT) among relatively urgent cases admitted to an ES, based on the indicators arrival-to-discharge time, pain reduction, and user satisfaction. Method: This comparative, prospective cohort study included patients who accepted or declined GAAAT at an ES in the city of São Paulo. All subjects, aged 18 or older, presented with pain and were triaged as relatively urgent cases. The GAAAT and non-GAAAT groups were characterized in terms of arrival-to-discharge time, pain scores at different timepoints, and degree of satisfaction. Results: Of the 185 patients, 55 accepted and 130 declined GAAAT. The most frequent features were female gender, age 31-40 years, higher education, no ES visit during the previous 12 months, and referral to specialized care following triage, albeit without statistical significance. A significant difference (p = 0.004) between groups was observed in analgesic intake before arrival to the ES. No significant difference between the groups was found for mean triage time, medical care, post-triage observation, and subsequent ES stay. However, waiting time until medical care delivery was statistically significant, proving longer for GAAAT-managed than for GAAAT-declining patients (p = 0.03). Significant differences between groups were also observed regarding pain score assigned at triage (p = 0.0001); pain reduction (relative to admission) among those who accepted GAAAT (p = 0.01); fewer analgesics (single dose and type) given during post-triage observation in the GAAAT group (p = 0.01); and pain reduction at discharge (relative to admission) for GAAAT-managed patients (p = 0.02). Pain management proved satisfactory for both groups, but room for improvement was evident. The main reason for declining GAAAT was a preference for medical care, revealing lack of knowledge among users about the strength of protocols. The principal reason for accepting GAAAT was the prospect of pain improvement. Conclusions: No statistical differences were observed in arrival-to-discharge times or patient satisfaction, but pain was better mitigated in the GAAAT group. Nurses should identify patients presenting with pain and take action to manage this symptom during triage, as well as orient drug therapy through continuous evaluation, informed by guidelines validated by the multidisciplinary team. Implementing guidelines designed for the Brazilian healthcare service setting, particularly with support from public policies and professional boards, should result in greater satisfaction among users, irrespective of the principal symptom presented at admission.
A longa espera pelo atendimento no Serviço de Emergência associada à queixa de dor aumenta a insatisfação e sofrimento do paciente, neste contexto, o gerenciamento da dor e as melhores práticas do cuidado de enfermagem são pontos relevantes para garantir a qualidade do atendimento e o controle da dor. Objetivo: Avaliar a implementação da Diretriz de Antitérmico e Analgésico na Triagem (DAAT), em pacientes classificados como urgência relativa, num Pronto Atendimento (PA), pelos indicadores de tempo de permanência no serviço, redução da dor e índice de satisfação dos usuários. Métodos: Trata-se de um Estudo Coorte Prospectivo comparativo de pacientes que aceitaram e os que não aceitaram a DAAT, em um PA na cidade de São Paulo. Foram acompanhados os com 18 anos ou mais, classificados como urgência relativa e que apresentaram dor durante a triagem. Na caracterização, verificou-se diferentes tempos de atendimentos, escores de dor em diferentes momentos e grau de satisfação, comparando com a variável explicativa de aceite ou não aceite da diretriz. Resultados: A amostra constitui-se de 185 pacientes: 55 aceitaram a diretriz, mas 130 não. Quanto à caracterização, sexo feminino, idade entre 31 e 40 anos, escolaridade nível superior, sem atendimento anterior há menos de um ano, especialidade clínica médica foram as variáveis mais presentes e sem significância. Pacientes não terem tomado analgésico antes de chegarem ao PA para atendimento foi significante (p=0,004). O tempo médio de triagem, atendimento médico, observação e permanência no serviço não obteve significância entre os grupos, somente o tempo de espera para atendimento médico foi estatisticamente relevante: quem aceitou a DAAT esperou mais do que quem não a aceitou (p=0,03). Quanto a dor houve significância estatística para o grupo que aceitou a diretriz do que não aceitou em: escore de dor na triagem (p=0,0001); redução da dor comparado a admissão para os que foram para observação e não tomaram analgésico (p=0,01); os que necessitaram analgesia na observação tomaram menos analgésico (uma única dose e tipo) (p=0,01); e redução da dor na alta comparado a admissão (p=0,02). O manejo da dor foi satisfatório para ambos os grupos comparativos, contudo há oportunidade de melhoria. O principal motivo do não aceite da diretriz foi a preferência por atendimento médico, o que demonstra desconhecimento da população sobre a potência de um protocolo. O principal motivo para quem aceitou o medicamento foi a melhora da dor. Conclusões: Não foi encontrada diferença estatística no tempo de permanência no serviço e na satisfação dos pacientes, mas a dor foi reduzida em quem aceitou a DAAT. É pertinente o enfermeiro identificar e tomar ações para o manejo desse sintoma durante a Triagem, bem como direcionar a continuidade terapêutica, através de constante avaliação da melhora, subsidiado por diretrizes consolidadas pela equipe multiprofissional. Diretrizes estudadas e implantadas, na realidade dos diferentes serviços no Brasil e ampliadas com envolvimento de políticas de órgãos públicos e conselhos profissionais, trariam maior satisfação ao usuário, independente do principal motivo que o levou a procurar atendimento.
A longa espera pelo atendimento no Serviço de Emergência associada à queixa de dor aumenta a insatisfação e sofrimento do paciente, neste contexto, o gerenciamento da dor e as melhores práticas do cuidado de enfermagem são pontos relevantes para garantir a qualidade do atendimento e o controle da dor. Objetivo: Avaliar a implementação da Diretriz de Antitérmico e Analgésico na Triagem (DAAT), em pacientes classificados como urgência relativa, num Pronto Atendimento (PA), pelos indicadores de tempo de permanência no serviço, redução da dor e índice de satisfação dos usuários. Métodos: Trata-se de um Estudo Coorte Prospectivo comparativo de pacientes que aceitaram e os que não aceitaram a DAAT, em um PA na cidade de São Paulo. Foram acompanhados os com 18 anos ou mais, classificados como urgência relativa e que apresentaram dor durante a triagem. Na caracterização, verificou-se diferentes tempos de atendimentos, escores de dor em diferentes momentos e grau de satisfação, comparando com a variável explicativa de aceite ou não aceite da diretriz. Resultados: A amostra constitui-se de 185 pacientes: 55 aceitaram a diretriz, mas 130 não. Quanto à caracterização, sexo feminino, idade entre 31 e 40 anos, escolaridade nível superior, sem atendimento anterior há menos de um ano, especialidade clínica médica foram as variáveis mais presentes e sem significância. Pacientes não terem tomado analgésico antes de chegarem ao PA para atendimento foi significante (p=0,004). O tempo médio de triagem, atendimento médico, observação e permanência no serviço não obteve significância entre os grupos, somente o tempo de espera para atendimento médico foi estatisticamente relevante: quem aceitou a DAAT esperou mais do que quem não a aceitou (p=0,03). Quanto a dor houve significância estatística para o grupo que aceitou a diretriz do que não aceitou em: escore de dor na triagem (p=0,0001); redução da dor comparado a admissão para os que foram para observação e não tomaram analgésico (p=0,01); os que necessitaram analgesia na observação tomaram menos analgésico (uma única dose e tipo) (p=0,01); e redução da dor na alta comparado a admissão (p=0,02). O manejo da dor foi satisfatório para ambos os grupos comparativos, contudo há oportunidade de melhoria. O principal motivo do não aceite da diretriz foi a preferência por atendimento médico, o que demonstra desconhecimento da população sobre a potência de um protocolo. O principal motivo para quem aceitou o medicamento foi a melhora da dor. Conclusões: Não foi encontrada diferença estatística no tempo de permanência no serviço e na satisfação dos pacientes, mas a dor foi reduzida em quem aceitou a DAAT. É pertinente o enfermeiro identificar e tomar ações para o manejo desse sintoma durante a Triagem, bem como direcionar a continuidade terapêutica, através de constante avaliação da melhora, subsidiado por diretrizes consolidadas pela equipe multiprofissional. Diretrizes estudadas e implantadas, na realidade dos diferentes serviços no Brasil e ampliadas com envolvimento de políticas de órgãos públicos e conselhos profissionais, trariam maior satisfação ao usuário, independente do principal motivo que o levou a procurar atendimento.