Adesão da equipe de enfermagem à conferência da pulseira de identificação do paciente antes da administração de medicamentos
Data
2020-08-27
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Introduction: Patient identification errors can occur at multiple points in time ranging from admission to discharge as well as during all stages of diagnosis and treatment, such as at the time of administering medication. Accurate identification of hospital patients is an essential condition for ensuring their safety. As such, the World Health Organization recommends the use of at least two identifiers that include full name and date of birth in order to confirm the patient’s identity as one method for error prevention. Although such recommendations are already known to healthcare professionals, failures still occur in adhering to this practice for safe health protection. Objectives: To verify the rate of which nursing professionals adhere to patient identification verification via identification wristbands before administering medications, which was measured before and after the implementation of educational interventions aimed at promoting the practice. Material and Method: Quasi-experimental before and after study of identification verification of hospitalized patients by nursing professionals selected non-randomly prior to the administration of medication conducted in a specialty inpatient unit specialized in neurology at a university hospital in the city of Sao Paulo. The study encompassed 280 direct observations (140 pre-intervention and 140 post-intervention). Variables were studied related to the form in which the identification wristbands were verified and their types, place of hospitalization, type and level of patient response, patient lists used by the healthcare professionals, and category of the nursing professionals. Data collection was conducted from August 2017 to February 2018 after approval by the Institution's Research Ethics Committee, under number CAAE 60350016.3.0000.5505. Data analysis was performed using descriptive and inferential statistics, adopting p≤0.05 values as the significance level. Results: All patients, without exception, wore identification wristbands during the period of the study. Among the 280 observations made, the bracelet was thoroughly checked in 105 (37.5%) of the opportunities. However, the frequency of observations at which patient identification was adequately verified increased significantly after the intervention, occurring in 12 (8.6%) observations in the pre-intervention stage and in 93 (66.4%) after the intervention (p <0.001). No statistically significant association was observed between the patient's length of stay and proper verification of the identification wristband (p = 0.464) in the pre-intervention period as well as in the post-intervention period (p = 0.219). In the multivariate analysis, only the intervention variable remained significantly associated with adequate wristband verification: OR = 24.43 (11.07 - 53.92), thus confirming the positive effect of the educational intervention on nursing professionals' adherence to conducting identification wristband verification prior to the administration of medication. Conclusion: After the educational intervention, there was a significant increase in adherence to the practice of verifying patients' identification wristband prior to the administration of medication.
Introdução: Erros de identificação do paciente podem ocorrer, desde a admissão até a alta do serviço, em todas as fases da doença e do tratamento, como por exemplo, no momento da administração de medicamentos. A identificação correta do paciente é condição essencial para garantia de sua segurança, assim a Organização Mundial da Saúde recomenda o uso de pelo menos dois identificadores, como nome completo e data de nascimento, para confirmação da identidade do paciente, como uma das formas de prevenção de erros. Apesar das recomendações já serem de conhecimento dos profissionais, ainda há falhas na adesão a esta ferramenta para o cuidado seguro. Objetivos: Verificar a taxa de adesão da equipe de enfermagem à conferência da identificação do paciente, por meio da pulseira, previamente a administração de medicamentos, antes e após a implementação de intervenção educativa para a promoção da prática. Materiais e Métodos: Estudo quase experimental, do tipo antes e depois, referente à conferência dos dados de identificação do paciente, por profissionais da equipe de enfermagem, selecionados de forma não aleatória, antes da administração de medicamentos, em uma unidade de internação da especialidade de neurologia, de um hospital universitário da cidade de São Paulo. A amostra foi composta por 280 observações diretas (140 pré-intervenção e 140 pós- intervenção). Foram estudadas variáveis referentes ao tipo e forma de conferência da pulseira de identificação, local de internação, tipo e nível de resposta do paciente, relação de pacientes por profissional, e categoria do profissional de enfermagem. A coleta dos dados ocorreu no período de agosto de 2017 a fevereiro de 2018 após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Instituição, sob parecer número CAAE 60350016.3.0000.5505. A análise dos dados foi realizada por meio de estatística descritiva e inferencial adotando-se como nível de significância valores de p<0,05. Resultados: Todos os pacientes, sem exceção, possuíam pulseira de identificação durante o período de estudo. Dentre as 280 observações realizadas, a pulseira foi conferida de forma completa em 105 (37,5%) oportunidades. Porém, a frequência de observações em que houve a conferência adequada da identificação do paciente aumentou significativamente após a intervenção, ocorrendo em 12 (8,6%) observações no momento pré-intervenção e em 93 (66,4%) observações realizadas após a intervenção (p<0,001). Não foi verificada associação estatisticamente significante entre o tempo de internação do paciente e a conferência da pulseira de identificação (p= 0,464) no período pré-intervenção, bem como no período pós-intervenção (p=0,219). Na análise multivariada, apenas a variável intervenção se manteve significativamente associada à conferência completa da pulseira OR = 24,43 (11,07 – 53,92), confirmando assim o efeito positivo da intervenção sobre a adesão dos profissionais de enfermagem à conferência da pulseira de identificação do paciente antes da administração de medicamentos. Conclusão: Após intervenção educativa, houve aumento significativo na adesão à prática de conferência da pulseira de identificação do paciente antes da administração de medicamentos.
Introdução: Erros de identificação do paciente podem ocorrer, desde a admissão até a alta do serviço, em todas as fases da doença e do tratamento, como por exemplo, no momento da administração de medicamentos. A identificação correta do paciente é condição essencial para garantia de sua segurança, assim a Organização Mundial da Saúde recomenda o uso de pelo menos dois identificadores, como nome completo e data de nascimento, para confirmação da identidade do paciente, como uma das formas de prevenção de erros. Apesar das recomendações já serem de conhecimento dos profissionais, ainda há falhas na adesão a esta ferramenta para o cuidado seguro. Objetivos: Verificar a taxa de adesão da equipe de enfermagem à conferência da identificação do paciente, por meio da pulseira, previamente a administração de medicamentos, antes e após a implementação de intervenção educativa para a promoção da prática. Materiais e Métodos: Estudo quase experimental, do tipo antes e depois, referente à conferência dos dados de identificação do paciente, por profissionais da equipe de enfermagem, selecionados de forma não aleatória, antes da administração de medicamentos, em uma unidade de internação da especialidade de neurologia, de um hospital universitário da cidade de São Paulo. A amostra foi composta por 280 observações diretas (140 pré-intervenção e 140 pós- intervenção). Foram estudadas variáveis referentes ao tipo e forma de conferência da pulseira de identificação, local de internação, tipo e nível de resposta do paciente, relação de pacientes por profissional, e categoria do profissional de enfermagem. A coleta dos dados ocorreu no período de agosto de 2017 a fevereiro de 2018 após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Instituição, sob parecer número CAAE 60350016.3.0000.5505. A análise dos dados foi realizada por meio de estatística descritiva e inferencial adotando-se como nível de significância valores de p<0,05. Resultados: Todos os pacientes, sem exceção, possuíam pulseira de identificação durante o período de estudo. Dentre as 280 observações realizadas, a pulseira foi conferida de forma completa em 105 (37,5%) oportunidades. Porém, a frequência de observações em que houve a conferência adequada da identificação do paciente aumentou significativamente após a intervenção, ocorrendo em 12 (8,6%) observações no momento pré-intervenção e em 93 (66,4%) observações realizadas após a intervenção (p<0,001). Não foi verificada associação estatisticamente significante entre o tempo de internação do paciente e a conferência da pulseira de identificação (p= 0,464) no período pré-intervenção, bem como no período pós-intervenção (p=0,219). Na análise multivariada, apenas a variável intervenção se manteve significativamente associada à conferência completa da pulseira OR = 24,43 (11,07 – 53,92), confirmando assim o efeito positivo da intervenção sobre a adesão dos profissionais de enfermagem à conferência da pulseira de identificação do paciente antes da administração de medicamentos. Conclusão: Após intervenção educativa, houve aumento significativo na adesão à prática de conferência da pulseira de identificação do paciente antes da administração de medicamentos.