Micropartículas e doença cardiovascular hipertensiva: efeitos do tratamento anti-hipertensivo e hipolipemiante em micropartículas circulantes
Data
2018-04-26
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
Introduction: Patients with hypertension on stage 2 are usually treated with a
combination of two antihypertensive drugs. However, the combination including a
diuretic or a calcium channel blocker may determine different effects on vessels,
despite similar decrease on blood pressure. Objectives: This study aimed to
compare the effects of amlodipinebased
treatment with that obtained by
hydrochlorothiazide monotherapy or sequentially combined with valsartan and
addition and subsequent withdrawal of rosuvastatin on circulating microparticles. An
exploratory analysis was also performed on the effects on central blood pressure
parameters and vascular compliance. Methods: Prospective, randomized, openlabel
with blinded outcomes study included patients of both sexes on stage 2 hypertension
who remained for four weeks on the use of amlodipine (n = 24) or
hydrochlorothiazide (n = 22) monotherapy. At the end of this period, blood samples
were collected for protocol analyses and blood pressure data were obtained. Three
sequential fourweek
periods were followed at the end of which the mentioned
laboratory and blood pressure parameters were obtained. In the second period
valsartan 160 mg was added in both arms of the study, in the third rosuvastatin 20
mg and in the last rosuvastatin was suspended, and the antihypertensive treatment
was maintained for four weeks. Monocytic, endothelial and platelet microparticles
were quantified by flow cytometry and specific antibodies at the end of each
intervention period. Results: Biochemical parameters and peripheral blood pressure
were similar between the two groups at the end of treatment as monotherapy, as well
as throughout the study. However, central pressure parameters were lower in the
anlodipine arm from the addition of valsartan (p = 0.002) and did not change in the
hydrochlorothiazide arm. The pulse wave velocity was not changed in both treatment
groups. Circulating monocytic microparticles remained unchanged in the amlodipine
group, but increased in the hydrochlorothiazide group (p = 0.02). For the circulating
endothelial microparticles, a reduction with the hydrochlorothiazide group was
observed throughout the study. With regard to circulating platelet microparticles, a
greater amount was observed after suspension of rosuvastatin in the anlodipine arm. Conclusions: The choice of combination treatment based on amlodipine or
hydrochlorothiazide has different effects on both circulating microparticles and
synergism with other drugs. In addition, they show important differences in central
hemodynamic parameters. These findings suggest differences in cardiovascular
protection.
Introdução: Pacientes hipertensos em estágio 2 são habitualmente tratados com a combinação de dois fármacos antihipertensivos. Entretanto, a combinação incluindo um diurético ou um antagonista de canal de cálcio pode determinar diferentes efeitos sobre os vasos, a despeito de similar redução de pressão arterial. Objetivos: Este estudo foi delineado para comparar os efeitos do tratamento baseado no anlodipino com aquele obtido pela hidroclorotiazida em monoterapia ou combinada sequencialmente com valsartana e adição e posterior suspensão da rosuvastatina sobre micropartículas circulantes. Foi ainda realizada análise exploratória de efeitos sobre parâmetros pressóricos centrais e da complacência vascular. Métodos: Estudo prospectivo, randomizado, aberto, com análise cega de desfechos, incluiu pacientes de ambos os sexos em estágio 2 da hipertensão arterial que permaneceram por quatro semanas em uso de anlodipino (n=24) ou hidroclorotiazida (n=22), em monoterapia. Ao final deste período foram obtidas amostras de sangue para exames protocolares e obtidos dados de pressão arterial. Seguiramse outros três períodos de quatro semanas, ao final dos quais foram obtidos os parâmetros mencionados laboratoriais e pressóricos. No segundo período foi adicionado valsartana 160 mg em ambos os braços do estudo, no terceiro rosuvastatina 20 mg e no último a rosuvastatina foi suspensa, mantendose o tratamento antihipertensivo por mais quatro semanas. Micropartículas monocíticas, endoteliais e plaquetárias foram quantificadas por citometria de fluxo e anticorpos específicos ao final de cada período de intervenção. Resultados: Parâmetros bioquímicos e pressão arterial periférica foram similares entre os dois grupos ao final do tratamento em monoterapia, bem como ao longo do estudo. Entretanto, parâmetros de pressões centrais foram mais baixos no braço anlodipino, a partir da adição da valsartana (p=0,002) e não se modificaram no braço hidroclorotiazida. A velocidade de onda de pulso não foi modificada em ambos os grupos de tratamento. Micropartículas monocíticas circulantes se mantiveram inalteradas no grupo anlodipino, mas aumentaram no grupo hidroclorotiazida (p=0,02). Para as micropartículas endoteliais circulantes, observouse redução com o grupo hidroclorotiazida ao longo do estudo. Com relação às micropartículas plaquetárias circulantes, observouse maior quantidade após a suspensão da rosuvastatina, no braço anlodipino. Conclusões: A escolha do tratamento combinado, baseado no anlodipino ou na hidroclorotiazida apresenta diferentes efeitos sobre micropartículas circulantes e sinergismos com outros fármacos. Além disso, mostram importantes diferenças em parâmetros hemodinâmicos centrais. Estes achados sugerem diferenças na proteção cardiovascular.
Introdução: Pacientes hipertensos em estágio 2 são habitualmente tratados com a combinação de dois fármacos antihipertensivos. Entretanto, a combinação incluindo um diurético ou um antagonista de canal de cálcio pode determinar diferentes efeitos sobre os vasos, a despeito de similar redução de pressão arterial. Objetivos: Este estudo foi delineado para comparar os efeitos do tratamento baseado no anlodipino com aquele obtido pela hidroclorotiazida em monoterapia ou combinada sequencialmente com valsartana e adição e posterior suspensão da rosuvastatina sobre micropartículas circulantes. Foi ainda realizada análise exploratória de efeitos sobre parâmetros pressóricos centrais e da complacência vascular. Métodos: Estudo prospectivo, randomizado, aberto, com análise cega de desfechos, incluiu pacientes de ambos os sexos em estágio 2 da hipertensão arterial que permaneceram por quatro semanas em uso de anlodipino (n=24) ou hidroclorotiazida (n=22), em monoterapia. Ao final deste período foram obtidas amostras de sangue para exames protocolares e obtidos dados de pressão arterial. Seguiramse outros três períodos de quatro semanas, ao final dos quais foram obtidos os parâmetros mencionados laboratoriais e pressóricos. No segundo período foi adicionado valsartana 160 mg em ambos os braços do estudo, no terceiro rosuvastatina 20 mg e no último a rosuvastatina foi suspensa, mantendose o tratamento antihipertensivo por mais quatro semanas. Micropartículas monocíticas, endoteliais e plaquetárias foram quantificadas por citometria de fluxo e anticorpos específicos ao final de cada período de intervenção. Resultados: Parâmetros bioquímicos e pressão arterial periférica foram similares entre os dois grupos ao final do tratamento em monoterapia, bem como ao longo do estudo. Entretanto, parâmetros de pressões centrais foram mais baixos no braço anlodipino, a partir da adição da valsartana (p=0,002) e não se modificaram no braço hidroclorotiazida. A velocidade de onda de pulso não foi modificada em ambos os grupos de tratamento. Micropartículas monocíticas circulantes se mantiveram inalteradas no grupo anlodipino, mas aumentaram no grupo hidroclorotiazida (p=0,02). Para as micropartículas endoteliais circulantes, observouse redução com o grupo hidroclorotiazida ao longo do estudo. Com relação às micropartículas plaquetárias circulantes, observouse maior quantidade após a suspensão da rosuvastatina, no braço anlodipino. Conclusões: A escolha do tratamento combinado, baseado no anlodipino ou na hidroclorotiazida apresenta diferentes efeitos sobre micropartículas circulantes e sinergismos com outros fármacos. Além disso, mostram importantes diferenças em parâmetros hemodinâmicos centrais. Estes achados sugerem diferenças na proteção cardiovascular.