Correlatos neuropsicológicos da remissão sintomatológica na esquizofrenia: um estudo transversal com pacientes crônicos
Data
2016-03-28
Autores
Souza, Thais Rabanea de 
Orientadores
Lacerda, Acioly Luiz Tavares de Lacerda
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
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Resumo
Background: Although cognitive deficits have consistently been characterized as core features of schizophrenia, they have not been incorporated into definitions of remission. Furthermore, just a few studies have examined the relationship between cognitive deficits and symptomatic remission. The main aim of the present study is to evaluate the executive functioning of schizophrenia patients, particularly examining the neuropsychological correlates of remission. Methods: 72 remitted and 42 nonremitted schizophrenia patients, and 119 matched controls were examined. Subjects were tested with a comprehensive battery of cognitive tests, including a measure to assess the general components of executive functioning and individual tasks to tap the three specific executive dimensions assessed in the present study, namely updating, shifting and inhibition. Results: Schizophrenia subjects performed poorly on general executive functioning and shifting tasks in comparison to healthy controls. Nonremitted subjects performed poorly on inhibition and updating tasks as compared to remitted subjects. Whereas being a male and showing decreases in updating increase the chances of being in the nonremitted schizophrenia subjects group, increases in shifting and updating enhance the odds of being in the healthy control group. Conclusion: The present findings suggest that executive function deficits are present in schizophrenia patients. In addition, specific executive processes appear to be associated to symptom remission. Future studies examining prospectively first-episode, drug naive subjects diagnosed with schizophrenia may be especially elucidative.
Introdução: Embora os déficits cognitivos tenham sido consistentemente relatados na literatura como uma característica central da esquizofrenia, eles não foram incorporados nos critérios de remissão propostos em consensos. Além disso, poucos estudos investigaram a relação entre déficits cognitivos e remissão sintomatológica. O principal objetivo do presente estudo é avaliar o funcionamento executivo de pacientes com esquizofrenia, particularmente examinando os correlatos neuropsicológicos da remissão. Métodos: 72 pacientes em remissão, 42 pacientes com esquizofrenia não remitidos e 119 controles saudáveis pareados foram avaliados. Os indivíduos foram testados com uma ampla bateria de testes cognitivos, incluindo uma medida para avaliar o componente geral do funcionamento executivo e tarefas distintas para examinar três componentes do funcionamento executivo: atualização, flexibilidade e inibição. Resultados: Os indivíduos diagnosticados com esquizofrenia apresentaram um pior desempenho no funcionamento executivo geral e em flexibilidade em comparação com controles saudáveis. Os pacientes remitidos demonstraram um melhor desempenho do que os não remitidos em tarefas de inibição e atualização. Os resultados sugerem que ser do sexo masculino e apresentar um baixo rendimento em atualização aumenta as chances do sujeito estar do grupo dos pacientes com esquizofrenia não remitidos. Por outro lado, um melhor desempenho em flexibilidade e atualização aumenta as chances de pertencer ao grupo de controles saudáveis. Conclusão: Os achados sugerem que os déficits em funções executivas estão presentes em indivíduos com esquizofrenia. Ademais, componentes específicos do funcionamento executivo parecem estar associados à remissão sintomatológica. Futuros estudos investigando prospectivamente pacientes em primeiro episódio e pacientes não tratados com diagnóstico de esquizofrenia podem ser especialmente elucidativos.
Introdução: Embora os déficits cognitivos tenham sido consistentemente relatados na literatura como uma característica central da esquizofrenia, eles não foram incorporados nos critérios de remissão propostos em consensos. Além disso, poucos estudos investigaram a relação entre déficits cognitivos e remissão sintomatológica. O principal objetivo do presente estudo é avaliar o funcionamento executivo de pacientes com esquizofrenia, particularmente examinando os correlatos neuropsicológicos da remissão. Métodos: 72 pacientes em remissão, 42 pacientes com esquizofrenia não remitidos e 119 controles saudáveis pareados foram avaliados. Os indivíduos foram testados com uma ampla bateria de testes cognitivos, incluindo uma medida para avaliar o componente geral do funcionamento executivo e tarefas distintas para examinar três componentes do funcionamento executivo: atualização, flexibilidade e inibição. Resultados: Os indivíduos diagnosticados com esquizofrenia apresentaram um pior desempenho no funcionamento executivo geral e em flexibilidade em comparação com controles saudáveis. Os pacientes remitidos demonstraram um melhor desempenho do que os não remitidos em tarefas de inibição e atualização. Os resultados sugerem que ser do sexo masculino e apresentar um baixo rendimento em atualização aumenta as chances do sujeito estar do grupo dos pacientes com esquizofrenia não remitidos. Por outro lado, um melhor desempenho em flexibilidade e atualização aumenta as chances de pertencer ao grupo de controles saudáveis. Conclusão: Os achados sugerem que os déficits em funções executivas estão presentes em indivíduos com esquizofrenia. Ademais, componentes específicos do funcionamento executivo parecem estar associados à remissão sintomatológica. Futuros estudos investigando prospectivamente pacientes em primeiro episódio e pacientes não tratados com diagnóstico de esquizofrenia podem ser especialmente elucidativos.
Descrição
Citação
SOUZA, Thais Rabanea de. Correlatos neuropsicológicos da remissão sintomatológica na esquizofrenia: um estudo transversal com pacientes crônicos. 2016. Dissertação (Mestrado) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2016.