PPG - Psiquiatria e Psicologia Médica

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    Avaliação da efetividade do Programa Elos 2.0 em violência entre pares alunos do ensino fundamental I
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-09-13) Shimizu, Raquel Fernandes [UNIFESP]; Caetano, Sheila Cavalcante [UNIFESP]; Sousa, Marília Mendes Moreira de [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9706910770322748; http://lattes.cnpq.br/4054738146503695; http://lattes.cnpq.br/6088404543814290
    As crianças em nosso estudo participaram do Programa Elos 2.0, uma variante do Jogo do Bom Comportamento (Good Behavior Game), desenhado para promover comportamentos prósociais. Nosso objetivo era avaliar a efetividade do programa na redução da violência entre alunos do 1º ao 4º ano do Ensino Fundamental I de escolas públicas. Realizamos um ensaio controlado randomizado, recrutando 2.267 participantes de cinco a 10 anos de 11 escolas na região Nordeste do Brasil, especificamente nas cidades de Eusébio e Fortaleza, Ceará. Usando uma versão modificada do Questionário Revisado de Bullying/Vitimização de Olweus com respostas binárias (sim/não), comparamos 1.112 indivíduos que receberam a intervenção com 1.155 participantes no grupo de controle. Nossa análise revelou que não houve diferença significativa nos escores de comportamento violento entre pares após a intervenção. Ajustando para idade e sala de aula usando regressão logística multinível, não encontramos efeitos significativos da intervenção na melhoria do Tipo I (p = 0,548) ou do Tipo II (p = 0,633). Conclusão: não encontramos uma redução significativa na violência entre pares entre alunos do 1º ao 4º ano do Ensino Fundamental. Isso destaca a necessidade de mais pesquisas para explorar estratégias alternativas ou modificações em programas existentes para abordar efetivamente a violência entre pares em ambientes escolares.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Excesso de peso e aumento da pressão arterial em amostra epidemiológica de pré-escolares no Brasil
    (Universidade Federal de São Paulo, 2022-04-11) Stancari, Paula Cristina Sobral [UNIFESP]; Caetano, Sheila Cavalcante [UNIFESP]; Caetano, Michelle Cavalcante; Okuda, Paola Matiko Martins [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4002890830468585; http://lattes.cnpq.br/6762778663630272; http://lattes.cnpq.br/4054738146503695; http://lattes.cnpq.br/0315477700826213
    O excesso de peso (EP) é um grande problema de saúde pública na faixa etária pediátrica com severas repercussões para a saúde, sendo uma delas a hipertensão arterial sistêmica. Assim, é fundamental para a saúde pública avaliar sua prevalência, composição corporal e aumento da pressão arterial em uma amostra epidemiológica. Estimamos a prevalência de EP pelo Índice de massa corporal (IMC com ponto de corte > +1 score Z) e composição corporal por circunferência da cintura, circunferência do braço (CB), prega cutânea do tríceps (PCT), porcentagem de gordura com base na bioimpedância (BIA) e ainda avaliação da pressão arterial em 651 pré-escolares de 4-6 anos de um inquérito epidemiológico em pré-escolas brasileiras. Foi realizado o Teste T-Student para caracterizar as diferenças de gênero na prevalência de excesso de peso, composição corporal e pressão arterial. A prevalência de EP entre as crianças foi de 32,3% de acordo com IMC. Além disso, 27% apresentaram aumento do risco cardiovascular na avaliação da circunferência da cintura, 12,3% apresentaram CB com excesso de gordura, 5,5% PCT com excesso de gordura, e 6,7% com valores de gordura corporal acima do esperado. Valores de pressão arterial acima do ideal para a faixa etária ocorreu em 21,7% das crianças. Estes achados reforçam a necessidade de políticas públicas preventivas na infância, uma vez que a identificação precoce do estado nutricional e aumento da pressão arterial em pré-escolares pode ajudar a prevenir doenças cardiovasculares ao longo da vida.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Explorando a aquisição de habilidades de comunicação social em crianças com autismo: descoberta preliminares da Análise do Comportamento Aplicada (ABA), treinamento de pais e modelagem de vídeo.
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-10-04) Moya, Ana Claudia Carvalho [UNIFESP]; Caetano, Sheila Cavalcante [UNIFESP]; Bagaiolo, Leila [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0613854186621041; http://lattes.cnpq.br/4054738146503695; http://lattes.cnpq.br/4756548496805568
    As habilidades de comunicação social, especialmente contato visual e atenção compartilhada, são frequentemente prejudicadas no transtorno do espectro do autismo (TEA) e predizem resultados funcionais. A análise do comportamento aplicada é um dos tratamentos mais frequentes baseados em evidências para o TEA, mas não é acessível à maioria das famílias em países de baixa e média renda, pois é um tratamento caro e intensivo e precisa ser administrado por profissionais especializados. A formação parental surgiu como uma alternativa eficaz com baixo custo. Este é um estudo exploratório para avaliar um grupo de intervenção parental por meio de modelagem de vídeo na aquisição de contato visual e atenção compartilhada de seus filhos. Quatro medidas graduadas de contato visual e atenção compartilhada (ajuda física, ajuda física parcial, ajuda gestual e independente) foram avaliadas em 34 crianças com TEA e deficiência intelectual (DI). Houve uma redução progressiva no nível de estímulo necessário ao longo do tempo para adquirir contato visual e atenção compartilhada, bem como uma correlação positiva entre o tempo de exposição à intervenção e a aquisição de habilidades. Este tipo de treinamento de pais usando modelagem de vídeo para ensinar contato visual e habilidades de atenção compartilhada a crianças com TEA e DI é uma intervenção de baixo custo que pode ser aplicada em ambientes com poucos recursos.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Análise das propriedades psicométricas da escala de interação entre professor e aluno e suas associações com problemas mentais em crianças
    (Universidade Federal de São Paulo, 2022-02-05) Ernesto, Maria de Lourdes Gurian [UNIFESP]; Caetano, Sheila Cavalcante [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4054738146503695; http://lattes.cnpq.br/2186536627977218
    As relações professor-aluno de baixa qualidade podem ser caracterizadas por baixa proximidade e alto nível de conflito e têm sido associadas a problemas de comportamento do aluno. Entretanto a maioria dos estudos foi realizada em países de alta renda. Em países de baixa e média renda e locais com poucos recursos, as oportunidades de educação infantil têm aumentado, mas a qualidade e seu sistema de monitoramento têm escassas evidências empíricas, incluindo validações. Dentro deste contexto, a Escala de Relacionamento Aluno-Professor (versão resumida, Student-Teacher Relationship Scale, STRS-SF, sigla em inglês) é uma das mais utilizadas mundialmente, avaliando proximidade (relação positiva, acolhimento) e conflito (relação negativa). Objetivos: Realizar análise psicométrica da STRS-SF no Brasil e avaliar as associações entre relações professor-aluno e sintomas de saúde mental na primeira infância. Em uma pesquisa em pré-escolas públicas de Embu das Artes (região metropolitana de São Paulo, Brasil), utilizando o STRS-SF, investigamos a relações professor-aluno em associação com sintomas emocionais e comportamentais em 489 alunos. A validade de construto do STRS-SF foi analisada por meio de análise fatorial confirmatória. A associação das relações professor-aluno com a saúde mental dos alunos foi avaliada por meio de análise de regressão logística univariada e multivariada. O STRS-SF apresentou índices de validade de construto adequados para suas duas dimensões (proximidade e conflito), ambos com cargas fatoriais superiores a 0,40. A dimensão conflito das relações professor-aluno foi associada a sintomas de externalização e atrasos do desenvolvimento socioemocional em pré-escolares (p <0,001). O STRS-SF é um instrumento válido para avaliação de relações professor-aluno na primeira infância no Brasil. A avaliação das relações professor-aluno é relevante para a identificação precoce de problemas potenciais que podem atuar como fatores de risco para atrasos no desenvolvimento e / ou sintomas de saúde mental e / ou prejuízo no desempenho social e acadêmico (p <0,001). Em conclusão, a avaliação das relações professor-aluno é relevante para a identificação precoce de problemas potenciais que podem atuar como fatores de risco para atrasos no desenvolvimento e / ou sintomas de saúde mental e / ou prejuízo no desempenho social e acadêmico.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Fatores de risco para incidência e persistência de transtornos internalizantes: estudo longitudinal da infância ao início da vida adulta
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-07-18) Ribeiro, Sahâmia Martins [UNIFESP]; Pan Neto, Pedro Mário [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6614914024992106; http://lattes.cnpq.br/4719463120843022
    Introdução: Transtornos internalizantes são condições de saúde mental comuns, angustiantes e incapacitantes ao longo do tempo. Estudos longitudinais prospectivos têm demonstrado a associação de vários fatores com problemas internalizantes. No entanto, poucos desses estudos investigaram os múltiplos preditores e suas contribuições relativas na distinção das trajetórias de curso e na influência da persistência desses transtornos em coortes não clínicas. Objetivos: Descrever o curso dos transtornos internalizantes em uma amostra comunitária de crianças e adolescentes e investigar quais fatores de risco estão associados à incidência e persistência desses transtornos. Métodos: Este estudo é parte de um grande estudo prospectivo de base comunitária, o Estudo de Coorte de Alto Risco Brasileiro para Condições Mentais. A maioria dos participantes não atenderam aos critérios para um transtorno internalizante na linha de base (n=1.438; 74,2%). Por outro lado, dos participantes que preenchiam os critérios para um transtorno internalizante na linha de base (n=309; 13,8%), foram formados dois grupos: o grupo remitente (n=199; 64,4%) e o grupo persistente (n=110; 35,6%). Os diagnósticos do DSM-IV foram determinados por psiquiatras clínicos usando uma entrevista estruturada (Development and Well-Being Assessment, DAWBA). O transtorno mental parental foi avaliado pelo MINI (Mini International Neuropsychiatric Interview). A psicopatologia dimensional foi avaliada usando o Strengths and Difficulties Questionnaire (SDQ), tanto o relato dos pais quanto pelos próprios participantes. Modelos de regressão logística foram usados para analisar associações entre variáveis de linha de base e as trajetórias de curso. Resultados: Sexo feminino, transtornos internalizantes nos pais e gravidade dos sintomas, particularmente os auto-relatados, foram associados tanto com as trajetórias incidentes quanto persistentes de transtornos internalizantes durante a adolescência. Níveis mais elevados de maus-tratos durante a infância foram relacionados apenas com a incidência dessas condições. Conclusão: Sexo feminino, status de saúde mental dos pais e gravidade dos sintomas, particularmente auto-relatados pela criança, estão associados tanto com as trajetórias incidentes quanto persistentes de transtornos internalizantes em jovens. Esses achados podem promover estratégias de intervenção precoce visando grupos específicos com maior risco para trajetórias mais deletérias.