Adesão a protocolo de atendimento do trauma pediátrico em um centro de trauma brasileiro

Data
2020-06-25
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Objectives: this study aims to quantify the adherence of trauma assessment protocols among different types of frontline trauma providers. As a secondary objective, it was also evaluated if adherence is associated with improved clinical outcomes for children. Methods: A descriptive study of pediatric trauma care in Hospital João XXIII was conducted between October 2017 and March 2018. Trauma primary survey assessments were observed and adherence to each step of a standardized primary assessment protocol was recorded. Adherence to the assessment protocol was compared considering different types of providers, the time of presentation, and severity of injury. The relationship between protocol adherence and clinical outcomes including mortality, length of hospital stay, admission to pediatric intensive care unit, use of blood components, need of mechanical ventilation, and number of imaging exams performed were also assessed. Results: Emergency Department evaluations of 64 patients of 274 pediatric admissions were observed over a period of 6 months. The mean patient age was 7.3 years. 40.6% of patients presented due to fall injuries and a majority sustained injury categorized as severe (59.4%). 50% of the primary assessments were performed by general surgeons, 34.4% by residents in general surgery and 15.6% by pediatricians. There was an average adherence rate of 34.1% to the trauma primary assessment protocol. Adherence among each specific step included airway: 17.2%; Breathing: 59.4%; Circulation: 95.3%; Disability: 28.8%; Exposure: 18.8%. No differences between specialties or time of presentation (day vs night) were observed as an influencer in physical assessment. Therefore, adherence was lower in severe patients than non-severe patients. Patients with a more thorough primary assessment, independent of severity, underwent fewer CT scans (ROC curve area: 0.661; p:0.027). Finally, no other associations between adherence and outcomes were observed. Conclusions: Our study demonstrates that trauma assessment protocol adherence among trauma providers is low for both surgeons and nonsurgeons. Thorough initial assessment reduced the use of CT scans, suggesting that standardized pediatric trauma assessments may be a way to reduce unnecessary radiologic imaging among children. It suggests that a standardized assessment should be encouraged, because it could decrease number of unnecessary radiologic exams in a child patient.
Objetivos: esse estudo deseja avaliar a adesão de diferentes profissionais de saúde ao protocolo assistencial para o atendimento da criança vítima de trauma. Como objetivo secundário avaliamos, também, a relação da adesão com desfechos clínicos. Métodos: estudo descritivo da assistência ao trauma pediátrico conduzido de Outubro de 2017 a Março de 2018 no Hospital João XXIII. A assistência primária ao trauma foi observada e foi verificada a adesão ao protocolo assistencial de cada etapa dessa assistência. A influência do turno de atendimento, gravidade do paciente e especialidade do profissional sobre a adesão ao protocolo foi também avaliada. Por fim, analisou-se a relação entre adesão e desfechos, como número de exames submetidos, necessidade de tratamento intensivo, necessidade de cirurgia, ventilação mecânica, uso de hemocomponentes, tempo de internação e mortalidade. Resultados: foram observados 64 pacientes de um total de 274 admissões pediátricas em um período de 6 meses. A idade média dos pacientes foi de 7,3 anos. 40,6% dos pacientes eram vítimas de quedas e a maioria das lesões foram classificadas como graves (59,4%). Cinquenta por cento dos atendimentos primários foram realizados por cirurgiões, 34,4% por residentes de cirurgia geral e 15,6% por pediatras. A média de adesão ao protocolo de atendimento foi de 34,1%. A adesão entre cada passo do protocolo foi de 17,2% para o exame da via aérea (A); 59,4% para o exame da respiração (B), 95,3% para avaliação neurológica (D) e 18,8% para a exposição do paciente (E). Não houve influência significativa na performance do exame físico a depender da especialidade e turno de atendimento, no entanto a adesão foi menor em pacientes mais graves. Pacientes que foram mais bem examinados, independente da gravidade, foram submetidos a menos exames tomográficos (área da curva ROC: 0.661; p:0.027). Por fim, não foram observadas outras relações significativas entre adesão e desfecho. Conclusão: o estudo demonstra que a execução do protocolo de atendimento ao paciente pediátrico vítima de trauma é baixa, independente da especialidade. Verificou-se um menor número de uso de tomografias, quando uma melhor avaliação do exame físico foi realizada. Sugere-se que a avaliação padronizada do paciente deve ser incentivada e pode ser uma maneira de reduzir exames radiológicos desnecessários em crianças.
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