Competências da enfermagem em terapia intensiva: construção e proposições para o desenvolvimento profissional
Data
2013-02-27
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
Nowadays with globalization, the demand for healthcare providers with knowledge, versatility and capable of facing the reality of cost-effectiveness, should estimulate them to develop attitudes towards continuous education and they must learn how to learn. In this scenario, the intensive care unit (ICU) nurse has been involved in his daily practice with questions of teaching, research, service, management and policy issues that require ongoing construction of multiple skills. Objective: The aim of this study was to construct a profile of the skills and strategies needed to develop professional nursing care in the ICU, focused on the needs, labor relations, the experiences and demands of a labor market in continous transformation, imposed conditions on nurses in differents hospitals at the intensive care unit. Methods: A qualitative approach was made as a strategy of action research methodology, whose techniques for data collection were developed in two phases. During the first phase, it was done the data collection through one questionnaire answered by nurses who had attended scientific events promoted by the Brazilian Association of Intensive Care. Through this instrument, the researchers were able to know the ICU’s nurses opinion from different regions of the country, about the different skills needed to work in this area and how the development has occurred. In the second phase of this research, the questionnaire answered in the first phase guided the data collection. This phase has occurred by conducting five focal groups meetings, where twelve nurses from public and private hospitals of the city of São Paulo were invited to attend these meetings. This technique was adopted to identify the profile of skills and strategies for its development in the training of nurses. Results: In the exploratory phase 400 questionnaires were distributed but only 295 were validated. It was observed that nurses believe that they should have a dynamic profile, encompassing a constant scientific update. In accord to the abilities, technical knowledge, scientific and leadership were the most prominent. At this phase, it was identified and mapped ten competencies required for intensive care nurses, besides the creation of a plan for the development of individual nurses in the ICU. Conclusion: It was evident that there is a specific profile both in training and in personal aspects to work in intensive care, due the specific characteristics that involve the sector. It was also shown that the development of expertise by these workers occur in routine situations, from which they build skills, which is not the result of a cumulative and mechanical processes. For this, it is necessary to consider the entire context in which the professional is inserted, for instance his life and his work. With the data obtained, it is expected to formulate a training program for nurses in intensive care units, departing from the desired professional profile and planned to occur in a permanet way. Such program must value the search for integral care of critical patient and, considerate previous education of the professionals, stimulating participative, critical and reflexive acitivities.
No mundo moderno, com a globalização, há exigência de profissionais cada vez mais eficientes, atualizados e voltados à realidade do custo-efetividade dos diversos setores, onde devem ser desenvolvidas atitudes contínuas de aprender a aprender. Neste cenário, o enfermeiro intensivista tem imbuído em suas atividades diárias o ensino, a pesquisa, a assistência, a gerência e questões políticas que requerem a construção contínua de múltiplas competências. Objetivo: Propor a construção de um perfil de competências para o enfermeiro de terapia intensiva. Método: Estudo realizado na abordagem qualitativa, tendo como estratégia a metodologia da pesquisa-ação, cujas técnicas para a coleta de dados foram desenvolvidas em duas etapas. Na primeira, considerada a fase exploratória, houve a aplicação de um questionário aos enfermeiros participantes de eventos científicos promovidos pelo Departamento de Enfermagem da AMIB, em 2010 no território nacional, com a finalidade de conhecer os conhecimentos, habilidades e atitudes necessários ao enfermeiro de terapia intensiva. Este instrumento subsidiou a segunda etapa da pesquisa, que ocorreu pela realização de cinco encontros de Grupo Focal (GF) em que participaram seis enfermeiros de terapia intensiva da rede privada e seis da pública da cidade de São Paulo. Resultados: Na fase exploratória, foram distribuídos 400 questionários e utilizados 295, evidenciando que o enfermeiro de UTI tem um perfil sustentado pelo conhecimento técnico, tecnológico e científico, por habilidades, como a liderança, o relacionamento interpessoal e a tomada de decisão e atitudes como o comportamento ético, a proatividade e o espírito de equipe. Na segunda etapa, os encontros do GF permitiram conhecer os motivos da escolha para o trabalho em UTI, as dificuldades encontradas pelo recém-admitido e a elaboração de dez competências necessárias ao enfermeiro intensivista. Conforme os participantes, as dez competências foram: Conhecimento e desempenho técnico/tecnológico, Conhecimento científico, Liderança, Relacionamento Interpessoal, Comunicação, Planejamento, Tomada de decisão, Organização, Trabalho em equipe e Equilíbrio emocional. Como um subproduto, o grupo também criou um instrumento composto por questionário e roteiro de treinamento focado na individualidade de cada enfermeiro recém-admitido na UTI, chamado de Plano do Enfermeiro para o Desenvolvimento Individual (PEDI). Conclusão: Evidenciou-se que há um perfil específico, tanto na formação como nos aspectos pessoais para atuar em terapia intensiva, tendo em vista as particularidades do setor. Emergiram como competências primordiais, tanto na fase exploratória como no GF o conhecimento e desempenho técnico/tecnológico, o conhecimento científico e a liderança. Mostrou-se também que o desenvolvimento do conhecimento ocorre em situações do cotidiano, com base nas quais se constroem competências, ou seja, pelo aprimoramento profissional, que não é resultado de um processo cumulativo e mecânico, mas, focado nas necessidades individuais de cada profissional. Para isso, torna-se necessário considerar todo o contexto em que esse enfermeiro está inserido, seja ele de vida, de trabalho ou lócus de experiência. A elaboração do PEDI mostra que a falta de programas direcionados ao treinamento do recémadmitido é considerada um problema para o desenvolvimento das competências e deve ser firmado no cotidiano, pelas atividades participativas, críticas e reflexivas de cada profissional em sua unidade de trabalho.
No mundo moderno, com a globalização, há exigência de profissionais cada vez mais eficientes, atualizados e voltados à realidade do custo-efetividade dos diversos setores, onde devem ser desenvolvidas atitudes contínuas de aprender a aprender. Neste cenário, o enfermeiro intensivista tem imbuído em suas atividades diárias o ensino, a pesquisa, a assistência, a gerência e questões políticas que requerem a construção contínua de múltiplas competências. Objetivo: Propor a construção de um perfil de competências para o enfermeiro de terapia intensiva. Método: Estudo realizado na abordagem qualitativa, tendo como estratégia a metodologia da pesquisa-ação, cujas técnicas para a coleta de dados foram desenvolvidas em duas etapas. Na primeira, considerada a fase exploratória, houve a aplicação de um questionário aos enfermeiros participantes de eventos científicos promovidos pelo Departamento de Enfermagem da AMIB, em 2010 no território nacional, com a finalidade de conhecer os conhecimentos, habilidades e atitudes necessários ao enfermeiro de terapia intensiva. Este instrumento subsidiou a segunda etapa da pesquisa, que ocorreu pela realização de cinco encontros de Grupo Focal (GF) em que participaram seis enfermeiros de terapia intensiva da rede privada e seis da pública da cidade de São Paulo. Resultados: Na fase exploratória, foram distribuídos 400 questionários e utilizados 295, evidenciando que o enfermeiro de UTI tem um perfil sustentado pelo conhecimento técnico, tecnológico e científico, por habilidades, como a liderança, o relacionamento interpessoal e a tomada de decisão e atitudes como o comportamento ético, a proatividade e o espírito de equipe. Na segunda etapa, os encontros do GF permitiram conhecer os motivos da escolha para o trabalho em UTI, as dificuldades encontradas pelo recém-admitido e a elaboração de dez competências necessárias ao enfermeiro intensivista. Conforme os participantes, as dez competências foram: Conhecimento e desempenho técnico/tecnológico, Conhecimento científico, Liderança, Relacionamento Interpessoal, Comunicação, Planejamento, Tomada de decisão, Organização, Trabalho em equipe e Equilíbrio emocional. Como um subproduto, o grupo também criou um instrumento composto por questionário e roteiro de treinamento focado na individualidade de cada enfermeiro recém-admitido na UTI, chamado de Plano do Enfermeiro para o Desenvolvimento Individual (PEDI). Conclusão: Evidenciou-se que há um perfil específico, tanto na formação como nos aspectos pessoais para atuar em terapia intensiva, tendo em vista as particularidades do setor. Emergiram como competências primordiais, tanto na fase exploratória como no GF o conhecimento e desempenho técnico/tecnológico, o conhecimento científico e a liderança. Mostrou-se também que o desenvolvimento do conhecimento ocorre em situações do cotidiano, com base nas quais se constroem competências, ou seja, pelo aprimoramento profissional, que não é resultado de um processo cumulativo e mecânico, mas, focado nas necessidades individuais de cada profissional. Para isso, torna-se necessário considerar todo o contexto em que esse enfermeiro está inserido, seja ele de vida, de trabalho ou lócus de experiência. A elaboração do PEDI mostra que a falta de programas direcionados ao treinamento do recémadmitido é considerada um problema para o desenvolvimento das competências e deve ser firmado no cotidiano, pelas atividades participativas, críticas e reflexivas de cada profissional em sua unidade de trabalho.
Descrição
Citação
VIANA, Renata Andrea Pietro Pereira. Competências da enfermagem em terapia intensiva: construção e proposições para o desenvolvimento profissional. 2013. 202 f. Tese (Doutorado) - Escola Paulista de Enfermagem, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2013.