Estudo compDa respInflamLocal, morfometria do colágeno e aderências viscerais das telas de eptfe, polipropileno encapsulada com polidioxanona e revestida com celulose oxidada, propileno e propileno revestida com silicone, qdo em contato com as vísce
Data
2014-12-17
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Purpose: Incisional Hernia repair is a frequent surgery, and the use of prosthetic mesh on an intra peritoneal position remains a challenge. The high recurrence rate in incisional hernias (45 to 54%) after primary suture has stimulated the development of prosthetic meshes. Currently, meshes are the biomaterials implant group most used in medicine, but its implants raises inflammatory complications like seroma, cellulite, chronic pain, and infection. This study aims to compare the visceral adhesions and tissue inflammatory responses and collagen deposition caused by meshes made of ePTFE, polypropylene coated with oxidated cellulose, polypropylene, polypropylene coated with silicon, on an experimental study in rats. Methods: Sixty Wistar rats were divided into four groups according with the mesh implanted: ePTFE mesh (group A) polypropylene mesh covered oxidated cellulose (group B), polypropylene (group C) and polypropylene mesh with silicon on the visceral site (group D). On seventh pos operative day, the region of the implanted mesh was accessed and the adhesions were analyzed by Zuhlke Adhesions score. Hematoxylin-eosin and Masson’s trichrome colorations were used to value the tissue inflammatory reaction with a numeric scale for objective scoring. Imunohistochemistry for COX2 was made. For collagen, picrosirius was used with data reading using the Image Tool computer software. Results The scale adhesion was observed that the group C had the highest percentage of adhesions in the classifications 3 and 4 (more dense) as compared to the groups A, B and D (93% vs. 13%, 0 % and 0 %, respectively, p <0.001). Groups A and C showed the greatest percentage area covered with adhesions when compared to groups B and D (99.8 % and 97.7 % vs 83.2 % and 63.1% , respectively, p < 0.001) , group A showed lower unincorporated area of the mesh compared to groups B , C and D ( 42.1 % vs. 15.4 % , 9.4 % and 14.6 % , respectively , p < 0.001 ) . When evaluating the adhesions to the abdominal viscera, the polypropylene mesh (group C) had the highest rates when compared to groups A, B and D (78.6 % vs. 26.7 %, 53.3 % and 35.7 %, respectively, p < 0.029). The ePTFE mesh (group A) showed seroma or collections in 100% of animals compared to groups B, C and D (66.7 %, 21.4 % and 35.7 %, respectively, p < 0.001). The histological study of the inflammatory response on the seventh postoperative day group A had higher scores in inflammation score compared to Group B, C and D (respectively 20.9 x 20.2, 18.6 and 18.2, p < 0.001). Immunohistochemical study in the seventh pos operative day, there was a higher expression of COX2 (p < 0.001) also in group A, compared to the other groups. There was no difference between groups regarding the morphology of collagen. Conclusions : The density of adhesions was higher in group C and lowest in group D; area covered with adhesions was higher on the groups A and C; the unincorporated area of the mesh was bigger on group A , and there were no differences between the others; there was significant difference between groups when compared to the presence of visceral adhesions , being of greater degree in group C and smaller in group A; the presence of collection, seroma or hematoma was higher in group A and lowest in group C; was significant difference between groups when compared to inflammatory classification, being greater degree in group A and lowest in group D; no significant difference was found between the groups when compared collagen deposition assessed by staining Picrosirus ; the intensity of inflammation assessed by the presence of COX2 was higher in group A and lower in the group D.
Introdução: A correção da hérnia incisional é uma cirurgia frequente e o uso de telas sintéticas na posição intraperitoneal permanece um desafio. O alto índice de recorrência nas hérnias incisionais (45 a 54%) após sutura primária estimulou o desenvolvimento das telas de reforço. Atualmente, as telas sintéticas são o grupo de biomateriais mais utilizados em medicina; porém seu uso aumenta o risco de complicações inflamatórias, como seroma, celulite, dor crônica e infecção. Esse estudo objetiva comparar as aderências viscerais, a resposta inflamatória e a morfometria do colágeno provocada pelas telas constituídas de ePTFE, polipropileno encapsulada com polidioxanona e revestida com celulose oxidada, polipropileno e polipropileno revestido de silicone, em estudo experimental em ratos. Métodos: Sessenta ratos da raça Winstar foram divididos em quatro grupos de acordo com os tipos de telas implantadas intraperitonialmente: tela constituída de ePTFE (grupo A), polipropileno revestida com celulose oxidada (grupo B); polipropileno (grupo C) e polipropileno com cobertura de silicone na sua face visceral (grupo D). No sétimo dia pós-operatório a região do implante da tela foi avaliada e as aderências analisadas pela escala de aderências de Zuhkle. As colorações de Hematoxilina-eosina e Masson foram utilizadas para avaliar a resposta inflamatória. Foi realizado estudo imunohistoquímico para COX2 e a coloração de Picrosirus foi usada para análise morfométrica do colágeno. Resultados: Pela escala de aderências observou-se que o grupo C tinha a maior percentagem de aderências nas classificações 3 e 4 (mais densas) quando comparadas aos grupos A, B e D (93% x 13%, 0% e 0%, respectivamente, p<0,001). Enquanto os grupos A e C apresentaram a maior porcentagem da área coberta de aderências, quando comparadas aos grupos B e D (99,8% e 97,7% x 83,2% e 63,1%, respectivamente, p < 0,001), o grupo A apresentou menor área não incorporada da tela em comparação aos grupos B, C e D (42,1% x 15,4%, 9,4% e 14,6%, respectivamente, p < 0,001). Ao avaliar as aderências às vísceras abdominais, a tela de polipropileno (grupo C) apresentou as maiores taxas quando comparadas aos grupos A, B e D (78,6% x 26,7%, 53,3% e 35,7%, respectivamente, p < 0,029). A tela de ePTFE (grupo A) apresentou coleções ou seromas em 100% dos animais, em comparação aos grupos B, C e D (66,7%, 21,4% e 35,7%, respectivamente, p < 0,001). No estudo histológico da resposta inflamatória no sétimo dia pós-operatório o grupo A apresentou maior pontuação no escore de inflamação em relação aos grupos B, C e D (respectivamente 20,9 x 20,2, 18,6 e 18,2, p<0,001). No estudo imunohistoquímico no 70 PO, houve uma maior expressão da COX2 (p<0,001) também no grupo A, em relação aos demais grupos. Não houve diferença entre os grupos estudados quanto à morfometria do colágeno. Conclusões: A densidade de aderências foi maior na tela do grupo C e menor na tela do grupo D; a área coberta de aderências foi maior nas telas do grupo A e grupo C; a área não incorporada da tela foi maior na tela do grupo A, não tendo havido diferenças entre as demais telas; houve diferença significante entre os grupos quando comparada a presença de aderências viscerais, sendo de maior grau na tela do grupo C e menor na tela do grupo A; a presença de coleção, seroma ou hematoma foi maior na tela do grupo A e menor na tela do grupo C; houve diferença significante entre os grupos quando comparada a classificação inflamatória, sendo maior grau na tela do grupo A e menor na tela do grupo D; não houve diferença significante entre os grupos, quando comparada a deposição de colágeno avaliada pela coloração de Picrosirus; a intensidade da inflamação avaliada pela presença da COX2 foi maior na tela do grupo A e, menor na tela do grupo D.
Introdução: A correção da hérnia incisional é uma cirurgia frequente e o uso de telas sintéticas na posição intraperitoneal permanece um desafio. O alto índice de recorrência nas hérnias incisionais (45 a 54%) após sutura primária estimulou o desenvolvimento das telas de reforço. Atualmente, as telas sintéticas são o grupo de biomateriais mais utilizados em medicina; porém seu uso aumenta o risco de complicações inflamatórias, como seroma, celulite, dor crônica e infecção. Esse estudo objetiva comparar as aderências viscerais, a resposta inflamatória e a morfometria do colágeno provocada pelas telas constituídas de ePTFE, polipropileno encapsulada com polidioxanona e revestida com celulose oxidada, polipropileno e polipropileno revestido de silicone, em estudo experimental em ratos. Métodos: Sessenta ratos da raça Winstar foram divididos em quatro grupos de acordo com os tipos de telas implantadas intraperitonialmente: tela constituída de ePTFE (grupo A), polipropileno revestida com celulose oxidada (grupo B); polipropileno (grupo C) e polipropileno com cobertura de silicone na sua face visceral (grupo D). No sétimo dia pós-operatório a região do implante da tela foi avaliada e as aderências analisadas pela escala de aderências de Zuhkle. As colorações de Hematoxilina-eosina e Masson foram utilizadas para avaliar a resposta inflamatória. Foi realizado estudo imunohistoquímico para COX2 e a coloração de Picrosirus foi usada para análise morfométrica do colágeno. Resultados: Pela escala de aderências observou-se que o grupo C tinha a maior percentagem de aderências nas classificações 3 e 4 (mais densas) quando comparadas aos grupos A, B e D (93% x 13%, 0% e 0%, respectivamente, p<0,001). Enquanto os grupos A e C apresentaram a maior porcentagem da área coberta de aderências, quando comparadas aos grupos B e D (99,8% e 97,7% x 83,2% e 63,1%, respectivamente, p < 0,001), o grupo A apresentou menor área não incorporada da tela em comparação aos grupos B, C e D (42,1% x 15,4%, 9,4% e 14,6%, respectivamente, p < 0,001). Ao avaliar as aderências às vísceras abdominais, a tela de polipropileno (grupo C) apresentou as maiores taxas quando comparadas aos grupos A, B e D (78,6% x 26,7%, 53,3% e 35,7%, respectivamente, p < 0,029). A tela de ePTFE (grupo A) apresentou coleções ou seromas em 100% dos animais, em comparação aos grupos B, C e D (66,7%, 21,4% e 35,7%, respectivamente, p < 0,001). No estudo histológico da resposta inflamatória no sétimo dia pós-operatório o grupo A apresentou maior pontuação no escore de inflamação em relação aos grupos B, C e D (respectivamente 20,9 x 20,2, 18,6 e 18,2, p<0,001). No estudo imunohistoquímico no 70 PO, houve uma maior expressão da COX2 (p<0,001) também no grupo A, em relação aos demais grupos. Não houve diferença entre os grupos estudados quanto à morfometria do colágeno. Conclusões: A densidade de aderências foi maior na tela do grupo C e menor na tela do grupo D; a área coberta de aderências foi maior nas telas do grupo A e grupo C; a área não incorporada da tela foi maior na tela do grupo A, não tendo havido diferenças entre as demais telas; houve diferença significante entre os grupos quando comparada a presença de aderências viscerais, sendo de maior grau na tela do grupo C e menor na tela do grupo A; a presença de coleção, seroma ou hematoma foi maior na tela do grupo A e menor na tela do grupo C; houve diferença significante entre os grupos quando comparada a classificação inflamatória, sendo maior grau na tela do grupo A e menor na tela do grupo D; não houve diferença significante entre os grupos, quando comparada a deposição de colágeno avaliada pela coloração de Picrosirus; a intensidade da inflamação avaliada pela presença da COX2 foi maior na tela do grupo A e, menor na tela do grupo D.
Descrição
Citação
FUZIY, Rogerio Aoki. Estudo compDa respInflamLocal, morfometria do colágeno e aderências viscerais das telas de eptfe, polipropileno encapsulada com polidioxanona e revestida com celulose oxidada, propileno e propileno revestida com silicone, qdo em contato com as vísce. 2014. 56 f. Dissertação (Mestrado) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2014.