Qualidade vocal de pacientes submetidos à tireoidectomia com monitorização do nervo laríngeo inferior
Data
2014-06-25
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
Objective: An attempt was made to estimate the inferior laryngeal nerves monitoring impact on thyroidectomized patient?s vocal quality. Study Design: Prospective clinic randomized double-blind trial. Methods: Eighty-five patients were evaluated, men and women, median age 48,19 yrs., with no thyroid hormone dysfunctions. They were operated without (group A ? 40 patients) or with (group B ? 45 patients) inferior laryngeal nerves monitoring. The groups were controlled by gender, age, tobacco, thyroid volume, surgery extent, post-op hypoparathyroidism, type of disease (benign or malignant), TNM classification, ASA classification, laryngeal trauma and difficulty during the intubation. Patients were excluded because: severe alteration in grade (perceptive evaluation) before surgery, previous neck surgery, previous laryngoscopic alterations , previous neck radiotherapy , neck dissection and the ones that did not come to the post-op appointment. All the patients went through perceptive evaluation (Grade, Roughness, Breathiness, Asthenia, Strain and Instability), laryngoscopy, acoustic vocal analysis (F0, jitter, shimmer, GNE and hoarseness diagram) and voice-related quality of life (V-RQOL). These evaluations were performed before and after surgery (1st and 4th week). Results: Group A had 8.57% of paralysis versus 7.5% in group B in the first week post-op (p=1.000) and 4.29% versus 6.25% in the fourth week post-op (p=0.865). In the perceptive evaluation, only breathiness in the fourth week post-op, showed significant difference between the groups (25% of altered evaluations in group A versus 6.7% in group B, p=0,041). However, when the patients were compared with themselves, evaluating the status before versus after the surgery, none of the evaluated parameters, not even the breathiness showed any significant difference. Twenty seven (27.05%) percent of all patients (both groups) showed worse grade (perceptive evaluation) in the first week post-op and 28.23% in the fourth week postop. In the vocal acoustic analysis, none of the parameters showed significant difference between the groups. The median F0 (Hz) in women was 202.62 (before surgery), 198.19 (1st week post-op) and 191.90 (4th week post-op) in group A, and 193.48 (before surgery), 190.63 (1st week post-op) and 186.81 (4th week post-op) in group B. In the V-RQOL, there was not any significant difference, nether between the groups nor before versus after surgery. The median total scores were 91.25 (before surgery), 91.69 (1st week post-op) and 92.19 (4th week post-op) in group A, and 93.78 (before surgery), 96.22 (1st week post-op) and 98.39 (4th week post-op) in group B. Conclusion: At the present study, there was no impact, nether improvement nor worsening, in vocal quality of thyroidectomized patients under inferior laryngeal nerves monitoring.
Objetivo: Determinar o impacto da monitorização dos nervos laríngeos inferiores sobre a qualidade vocal de pacientes submetidos a tireoidectomias. Delineamento: Estudo clínico, prospectivo, experimental, randomizado e duplo cego. Método: Foram avaliados 85 pacientes, homens e mulheres, com média de idade de 48,19 anos, sem alterações da função tireoidiana e submetidos a tireoidectomias sem monitorização (grupo A - 40 pacientes) e com monitorização (grupo B - 45 pacientes) dos nervos laríngeos inferiores. Os grupos foram controlados por gênero, idade, tabagismo, volume glandular, extensão da cirurgia, hipoparatireoidismo pós-operatório, tipo de doença (benigna ou maligna), estádio patológico, classificação pré-anestésica da American Society of Anesthesiologists (ASA), trauma laríngeo e dificuldade na intubação. Foram excluídos os pacientes: com alteração intensa na impressão global de disfonia prévia à cirurgia, já submetidos a cirurgias cervicais, com alterações laringoscópicas prévias, já submetidos à radioterapia na região cervical, que necessitaram de esvaziamento cervical e que não retornaram para avaliação pós-operatória. Todos foram submetidos à avaliação perceptivo-auditiva (GRBASI - impressão global de disfonia, rugosidade, soprosidade, astenia, tensão e instabilidade), laringoscópica, acústica da voz (frequência fundamental, jitter, shimmer, Glottal-to-Noise Excitation Ratio - GNE e o diagrama de desvio fonatório - DDF) e questionário de qualidade de vida e voz (QVV) no pré e no pós-operatório (1 e 4 semanas). Resultados: Encontrou-se 8,57% de paralisias no grupo A contra 7,5% no grupo B (p=1,000) na primeira semana e 4,29% no grupo A contra 6,25% no grupo B (p=0,865) na quarta semana. Quanto à avaliação perceptivo-auditiva, somente a soprosidade na quarta semana apresentou diferença significante entre os grupos (25% de alteração no grupo A contra 6,7% no grupo B com p=0,041). Entretanto, quando os pacientes foram comparados com eles mesmos, na evolução do pré para o pós-operatório, nenhum dos quesitos avaliados, nem mesmo a soprosidade, apresentou diferença significante entre os grupos. Com relação à impressão global de disfonia, 23 pacientes (27,05%) de ambos os grupos, apresentaram piora na 1ª semana e 24 (28,23%) na 4ª semana. Na avaliação acústica da voz, nenhuma das medidas avaliadas apresentou diferença significante entre os grupos. As médias da F0 (Hz) das mulheres, no pré e pós-operatório (1ª e 4ª semanas), respectivamente, foram de 202,62; 198,19 e 191,90 no grupo A e, 193,48; 190,63 e 186,81 no grupo B. Quanto ao QVV não houve diferenças significantes nem entre os grupos, nem entre pré e pós-operatório. As médias do QVV-Escore total, no pré e pós-operatório (1ª e 4ª semanas), respectivamente, foram de 91,25; 91,69 e 92,19 no grupo A e 93,78; 96,22 e 98,39 no grupo B. Conclusão: Conclui-se, no presente estudo, que a monitorização dos nervos laríngeos inferiores não teve impacto nem de melhora, nem de piora, sobre a qualidade vocal de pacientes submetidos a tireoidectomias.
Objetivo: Determinar o impacto da monitorização dos nervos laríngeos inferiores sobre a qualidade vocal de pacientes submetidos a tireoidectomias. Delineamento: Estudo clínico, prospectivo, experimental, randomizado e duplo cego. Método: Foram avaliados 85 pacientes, homens e mulheres, com média de idade de 48,19 anos, sem alterações da função tireoidiana e submetidos a tireoidectomias sem monitorização (grupo A - 40 pacientes) e com monitorização (grupo B - 45 pacientes) dos nervos laríngeos inferiores. Os grupos foram controlados por gênero, idade, tabagismo, volume glandular, extensão da cirurgia, hipoparatireoidismo pós-operatório, tipo de doença (benigna ou maligna), estádio patológico, classificação pré-anestésica da American Society of Anesthesiologists (ASA), trauma laríngeo e dificuldade na intubação. Foram excluídos os pacientes: com alteração intensa na impressão global de disfonia prévia à cirurgia, já submetidos a cirurgias cervicais, com alterações laringoscópicas prévias, já submetidos à radioterapia na região cervical, que necessitaram de esvaziamento cervical e que não retornaram para avaliação pós-operatória. Todos foram submetidos à avaliação perceptivo-auditiva (GRBASI - impressão global de disfonia, rugosidade, soprosidade, astenia, tensão e instabilidade), laringoscópica, acústica da voz (frequência fundamental, jitter, shimmer, Glottal-to-Noise Excitation Ratio - GNE e o diagrama de desvio fonatório - DDF) e questionário de qualidade de vida e voz (QVV) no pré e no pós-operatório (1 e 4 semanas). Resultados: Encontrou-se 8,57% de paralisias no grupo A contra 7,5% no grupo B (p=1,000) na primeira semana e 4,29% no grupo A contra 6,25% no grupo B (p=0,865) na quarta semana. Quanto à avaliação perceptivo-auditiva, somente a soprosidade na quarta semana apresentou diferença significante entre os grupos (25% de alteração no grupo A contra 6,7% no grupo B com p=0,041). Entretanto, quando os pacientes foram comparados com eles mesmos, na evolução do pré para o pós-operatório, nenhum dos quesitos avaliados, nem mesmo a soprosidade, apresentou diferença significante entre os grupos. Com relação à impressão global de disfonia, 23 pacientes (27,05%) de ambos os grupos, apresentaram piora na 1ª semana e 24 (28,23%) na 4ª semana. Na avaliação acústica da voz, nenhuma das medidas avaliadas apresentou diferença significante entre os grupos. As médias da F0 (Hz) das mulheres, no pré e pós-operatório (1ª e 4ª semanas), respectivamente, foram de 202,62; 198,19 e 191,90 no grupo A e, 193,48; 190,63 e 186,81 no grupo B. Quanto ao QVV não houve diferenças significantes nem entre os grupos, nem entre pré e pós-operatório. As médias do QVV-Escore total, no pré e pós-operatório (1ª e 4ª semanas), respectivamente, foram de 91,25; 91,69 e 92,19 no grupo A e 93,78; 96,22 e 98,39 no grupo B. Conclusão: Conclui-se, no presente estudo, que a monitorização dos nervos laríngeos inferiores não teve impacto nem de melhora, nem de piora, sobre a qualidade vocal de pacientes submetidos a tireoidectomias.
Descrição
Citação
TAKIMOTO, Roberto Massao. Qualidade vocal de pacientes submetidos à tireoidectomia com monitorização do nervo laríngeo inferior. 2014. 73 f. Tese (Doutorado) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2014.