A Educação Permanente E As Ações Na Alteração Primária À Saúde
Data
2017-08-29
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
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Resumo
This research aims to analyze the processes of permanent education in health (PEH) offered to professionals that work in Primary Attention to Health (PAH) through the Family Health Strategy (FHS) of the city of São Paulo. This is a qualitative study in which 14 semi-structured interviews were carried out. Among the professionals interviewed, 13 are hired by 6 different Social Health Organizations (SHO) and, among these, 6 develop PEH actions and the other 7 are FHS workers who participated in some permanent education process and interview with a professional of the Municipal Health Secretary responsible for PEH in PAH. The interviews were handled by content analysis according to Bardin. The empirical data were interpreted by the intersection between education and health, with the respective theoretical references of Freire, Saviani, Paim, Ceccim, and by the manuals of the Ministry of Health and by the National Policy of Permanent Education in Health (NPPEH). From the analysis procedure, the following categories emerged: The PEH processes; the PEH at the FHS; Proposals and themes of PEH; Methodologies and didactics adopted at the PEH; Challenges and Reflections about the practice of PEH. The research showed that the PEH actions, carried out with the PAH workers acting at the FHS, are educational practices based on the concepts of Continuing Education and Education in Service. The methodologies adopted are the same of the initial education processes and, because of this, there is no employee participation. The proposals and themes are developed through programmed courses, previously, by the Municipal Planning of Permanent Education, which is done annually. The educational actions are made by professional categories, themes related to the relational knowledge of the practice are not addressed, there is established mismatch between the principles of the SUS with the contracts of management established by the partnership between OSS and SMS-SP. Therefore, PEH is a practice that is still far from the NPPEH proposal.
Esta pesquisa tem como objetivo analisar os processos da educação permanente em saúde (EPS) oferecida aos profissionais que atuam na Atenção Primária à Saúde (APS) por meio da Estratégia Saúde da Família (ESF) do município de São Paulo. Trata-se de um estudo qualitativo em que foram realizadas 14 entrevistas semiestruturadas. Dos profissionais entrevistados, 13 são contratados por 6 diferentes Organizações Sociais de Saúde (OSS) e, entre estes, 6 desenvolvem ações de EPS e os outros 7 são trabalhadores da ESF que participaram de algum processo de educação permanente. A última entrevista foi realizada com uma profissional da Secretaria Municipal da Saúde responsável pela EPS na APS. O tratamento das entrevistas se deu pela análise de conteúdo de acordo com Bardin. Os dados empíricos foram interpretados pela intersecção entre educação e saúde, a partir dos referenciais teóricos de Freire, Saviani, Paim e Ceccim; assim como pelos manuais do Ministério da Saúde e pela Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS). A partir do procedimento de análise, emergiram as seguintes categorias: Os Processos de EPS; A EPS na ESF; Propostas e temas de EPS; Metodologias e Didáticas adotadas na EPS; Desafios e Reflexões sobre a prática da EPS. A pesquisa mostrou que as ações de EPS, realizadas com os trabalhadores da APS atuantes na ESF, são práticas educativas baseadas nos conceitos da Educação Continuada e Educação em Serviço. As metodologias adotadas são as mesmas dos processos de formação inicial e, por isso, não existe a participação do trabalhador. As propostas e temas são desenvolvidos através de cursos previamente programados no Planejamento Municipal de Educação Permanente, que é feito anualmente. As ações educativas são feitas por categorias profissionais, e não são abordados temas relacionados aos saberes da prática. Há descompasso entre os princípios do SUS e os contratos de gestão estabelecidos pela parceria entre OSS e SMS-SP. Por isso, a EPS é uma prática ainda distante da proposta da PNEPS.
Esta pesquisa tem como objetivo analisar os processos da educação permanente em saúde (EPS) oferecida aos profissionais que atuam na Atenção Primária à Saúde (APS) por meio da Estratégia Saúde da Família (ESF) do município de São Paulo. Trata-se de um estudo qualitativo em que foram realizadas 14 entrevistas semiestruturadas. Dos profissionais entrevistados, 13 são contratados por 6 diferentes Organizações Sociais de Saúde (OSS) e, entre estes, 6 desenvolvem ações de EPS e os outros 7 são trabalhadores da ESF que participaram de algum processo de educação permanente. A última entrevista foi realizada com uma profissional da Secretaria Municipal da Saúde responsável pela EPS na APS. O tratamento das entrevistas se deu pela análise de conteúdo de acordo com Bardin. Os dados empíricos foram interpretados pela intersecção entre educação e saúde, a partir dos referenciais teóricos de Freire, Saviani, Paim e Ceccim; assim como pelos manuais do Ministério da Saúde e pela Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS). A partir do procedimento de análise, emergiram as seguintes categorias: Os Processos de EPS; A EPS na ESF; Propostas e temas de EPS; Metodologias e Didáticas adotadas na EPS; Desafios e Reflexões sobre a prática da EPS. A pesquisa mostrou que as ações de EPS, realizadas com os trabalhadores da APS atuantes na ESF, são práticas educativas baseadas nos conceitos da Educação Continuada e Educação em Serviço. As metodologias adotadas são as mesmas dos processos de formação inicial e, por isso, não existe a participação do trabalhador. As propostas e temas são desenvolvidos através de cursos previamente programados no Planejamento Municipal de Educação Permanente, que é feito anualmente. As ações educativas são feitas por categorias profissionais, e não são abordados temas relacionados aos saberes da prática. Há descompasso entre os princípios do SUS e os contratos de gestão estabelecidos pela parceria entre OSS e SMS-SP. Por isso, a EPS é uma prática ainda distante da proposta da PNEPS.