Avaliação da transecção do fígado no transplante hepático pediátrico
Data
2013-12-20
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Introduction: Liver transplantation is an effective technique in the treatment of end-stage liver disease. Purpose: The aim of this study was to evaluate the impact of hepatic transection, advanced surgical techique able to tailor size to generate two grafts to from a single donor. Methods: A retrospective study between January 2000 and September 2013, reviewing 91 pediatric patients who underwent 96 liver transplants from deceased donors. Patients were distributed into two groups: whole organ (WO, n 39) and transected liver grafts (TLG, n 57). The folowing was evaluated etiology, anthrophometric parameters (age, weight, height, z score weight/age and height/age), meld or peld, previous surgeries, transfusion of blood components, 1-year survival rate, preoperative laboratory testing, from the second and seventh postoperative days, lactate during surgery, postoperative complications, duration of surgery, duration of cold and warm ischemia, types of biliary reconstruction and laboratory testing of the donor. Results and discussion: The anthropometric values showed significant differences (p<0.05) between the groups. The average age was 124.7 months in the WO and 33.6 months in the TLG group (P<0.0001), while the weight was 28.0 kg and 7.4 kg, respectively (P<0.0001). The analysis of z score weight/age showed that the TLG had greater acute and chronic malnutrition, probably due to the etiology of liver disease, present from birth in patients as young. Red blood transfusion was higher in the group TLG (P<0.0006) due to the cut surface of the graft, emphasizing the use and improvement of hemostatic techniques. Despite differences between the groups, clinical or surgical complications were similar, showing that liver transection injury didn’t change the results of transplantation. Conclusion: There was no impact on liver function, graft or 1-year patient survival after liver transection. Transection liver transplantation is an effective method as an alternative to liver pediatric transplantation. Among the factors related to death, lactate and rate of blood transfusion were statistically relevant.
Introdução: O transplante hepático é uma técnica eficaz no tratamento das doenças hepáticas terminais. Com a escassez de doadores e o aumento da demanda para o transplante, faz-se necessário a aplicação de técnicas cirúrgicas avançadas para a viabilização e melhor aproveitamento dos órgãos disponíveis, como a transecção do fígado, que é uma alternativa importante mediante à crescente desproporção entre o número de receptores e enxerto. Objetivo: avaliar o impacto da transecção hepática e fatores relacionados aos óbitos nos pacientes pediátricos submetidos ao transplante de fígado da UNIFESP. Métodos: Foi realizado estudo retrospectivo entre janeiro de 2000 e setembro de 2013, revisando 91 pacientes pediátricos, submetidos a 96 transplantes hepáticos de doadores cadáveres. Os pacientes foram distribuídos em 2 grupos: órgão inteiro (OI, n 39) e órgão parcial (OP, n 57). Foi avaliado: etiologia, valores antropométricos (idade, peso, estatura, z escore peso/idade e estatura/idade), meld or peld, transfusão de hemocomponentes, sobrevida em 1 ano, exames laboratoriais do pré operatório, do segundo e do sétimo dia pós-operatório, lactato durante a cirurgia, tempo de isquemia quente e fria, duração da cirurgia, tipos de reconstrução biliar, cirurgias prévias, complicações pós-operatórias, volume de reposição de hemocomponentes intra operatório e testes laboratoriais do doador. Resultados e discussão: Os valores antropométricos apresentaram diferenças significativas (p<0,05) entre os grupos. A média de idade foi 124,7 no grupo OI e 33,6 meses no OP, enquanto o peso 28,0 e 7,4 kg, respectivamente. A análise de z escore peso/idade mostrou que o grupo OP apresentava maior desnutrição aguda e crônica, provavelmente decorrente da etiologia das hepatopatias, presentes desde o nascimento em pacientes tão jovens. Já a transfusão de glóbulos vermelhos intra-operatória foi maior no grupo OI (p= 0,0006), devido à superfície de corte do enxerto, sendo importante o uso e aprimoramento de técnicas hemostáticas. Conclusões: Embora tenha ocorrido maior infusão de hemocomponentes, não houve diferença na sobrevida dos grupos (P=0,29), demonstrando que a transecção e um método efetivo como alternativa ao transplante de fígado. Entre os fatores relacionados ao óbito, o lactato e a taxa de tranfusão de hemocomponentes apresentaram relevância estatística.
Introdução: O transplante hepático é uma técnica eficaz no tratamento das doenças hepáticas terminais. Com a escassez de doadores e o aumento da demanda para o transplante, faz-se necessário a aplicação de técnicas cirúrgicas avançadas para a viabilização e melhor aproveitamento dos órgãos disponíveis, como a transecção do fígado, que é uma alternativa importante mediante à crescente desproporção entre o número de receptores e enxerto. Objetivo: avaliar o impacto da transecção hepática e fatores relacionados aos óbitos nos pacientes pediátricos submetidos ao transplante de fígado da UNIFESP. Métodos: Foi realizado estudo retrospectivo entre janeiro de 2000 e setembro de 2013, revisando 91 pacientes pediátricos, submetidos a 96 transplantes hepáticos de doadores cadáveres. Os pacientes foram distribuídos em 2 grupos: órgão inteiro (OI, n 39) e órgão parcial (OP, n 57). Foi avaliado: etiologia, valores antropométricos (idade, peso, estatura, z escore peso/idade e estatura/idade), meld or peld, transfusão de hemocomponentes, sobrevida em 1 ano, exames laboratoriais do pré operatório, do segundo e do sétimo dia pós-operatório, lactato durante a cirurgia, tempo de isquemia quente e fria, duração da cirurgia, tipos de reconstrução biliar, cirurgias prévias, complicações pós-operatórias, volume de reposição de hemocomponentes intra operatório e testes laboratoriais do doador. Resultados e discussão: Os valores antropométricos apresentaram diferenças significativas (p<0,05) entre os grupos. A média de idade foi 124,7 no grupo OI e 33,6 meses no OP, enquanto o peso 28,0 e 7,4 kg, respectivamente. A análise de z escore peso/idade mostrou que o grupo OP apresentava maior desnutrição aguda e crônica, provavelmente decorrente da etiologia das hepatopatias, presentes desde o nascimento em pacientes tão jovens. Já a transfusão de glóbulos vermelhos intra-operatória foi maior no grupo OI (p= 0,0006), devido à superfície de corte do enxerto, sendo importante o uso e aprimoramento de técnicas hemostáticas. Conclusões: Embora tenha ocorrido maior infusão de hemocomponentes, não houve diferença na sobrevida dos grupos (P=0,29), demonstrando que a transecção e um método efetivo como alternativa ao transplante de fígado. Entre os fatores relacionados ao óbito, o lactato e a taxa de tranfusão de hemocomponentes apresentaram relevância estatística.
Descrição
Citação
BENINI, Barbara Burza. Avaliação da transecção do fígado no transplante hepático pediátrico. 2013. 80 f. Dissertação (Mestrado) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2013.