Navegando por Palavras-chave "Fibrose pulmonar idiopática"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Fibrose pulmonar idiopática e outras doenças pulmonares intersticiais em pacientes com padrão tomográfico de pneumonia intersticial usual possível submetidos à biópsia pulmonar cirúrgica no Brasil(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2017-12-20) Tibana, Regina Celia Carlos [UNIFESP]; Pereira, Carlos Alberto de Castro [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9232295231546605; http://lattes.cnpq.br/0973378193322153; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Objetivo: determinar a frequência de fibrose pulmonar idiopática e outras doenças pulmonares intersticiais em pacientes com padrão tomográfico de pneumonia intersticial usual possível submetidos à biópsia pulmonar cirúrgica no Brasil. Métodos: casos com tomografia computadorizada de tórax com padrão de pneumonia intersticial usual possível e submetidos à biópsia pulmonar cirúrgica foram selecionados retrospectivamente de sete centros de doenças pulmonares intersticiais no Brasil. Todas as imagens de tomografia foram revistas por um radiologista e um pneumologista e classificadas por consenso, sem conhecimento dos dados clínicos e histológicos. Os casos de pneumonia intersticial usual definitvo e inconsistente foram excluídos após a revisão. O material histológico foi revisado por dois patologistas com experiência em doença pulmonar intersticial. O diagnóstico clínico final foi realizado por discussão multidisciplinar. Resultados: foram incluídos 61 casos, 67% do sexo masculino, média de idade de 65,2 ± 7 anos. Tabagismo foi descrito em 46,6% e exposição ambiental para pneumonia de hipersensibilidade em 33 de 61 casos (54%). Doença do refluxo gastroesofágico foi confirmada em 18 pacientes. Em dois terços os achados na tomografia computadorizada de tórax predominaram em campos pulmonares inferiores. Nos demais não foi observado predomínio em relação a campos pulmonares superiores e inferiores. Fibrose bronquiolocêntrica foi o padrão histológico mais frequente (55,7%; IC 95%: 42,4-68,5%), seguido de pneumonia intersticial usual (26,2%; IC 95%: 15,8-39,1%). Focos fibroblásticos foram observados em 59% dos casos (IC 95%: 45,7-71,4%). O diagnóstico mais frequente foi pneumonia de hipersensibilidade (37,7%; IC 95%: 25,6-51,0%), seguido de fibrose pulmonar idiopática (23,0%; IC 95%: 13,2-35,5%) e doença pulmonar intersticial secundária à doença do refluxo gastroesofágico (13,1%; IC 95%: 5,8-24,2%). Ausência de exposição ambiental associou-se ao diagnóstico de fibrose pulmonar idiopática (p= 0,001) e fibrose pulmonar idiopática ocorreu em 43% (IC 95%: 24,5-62,8%) dos 28 casos sem exposição ambiental. Entre os casos com exposição, fibrose pulmonar idiopática foi diagnosticada em dois (6,1%; IC 95%: 0,7-20,2%; p= 0,002). A avaliação de idade, sexo e escore de bronquiolectasias de tração não alterou os resultados. Conclusão: pneumonia de hipersensibilidade é a doença pulmonar intersticial mais frequente no padrão tomográfico de pneumonia intersticial usual possível no Brasil, seguida de fibrose pulmonar idiopática e doença pulmonar intersticial secundária à doença do refluxo gastroesofágico. Em pacientes sem exposição ambiental, a frequência de pneumonia intersticial usual e fibrose pulmonar idiopática não são suficientes para o diagnóstico sem biópsia pulmonar cirúrgica.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Frequência relativa de doenças pulmonares intersticiais incidentes em seis centros no Brasil(Universidade Federal de São Paulo, 2022-08-05) Matias, Simone Lobo Krupok [UNIFESP]; Pereira, Carlos Alberto de Castro [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9232295231546605; http://lattes.cnpq.br/8392177226123005Não existem dados epidemiológicos sobre a frequência relativa das diferentes doenças pulmonares intersticiais no Brasil. Objetivo: Análise de um registro multicêntrico para avaliar a frequência relativa de casos incidentes das doenças pulmonares intersticiais (DPI) em seis centros no Brasil. Métodos: Levantamento retrospectivo de casos novos de DPIs realizados entre o período de janeiro de 2013 a janeiro de 2019. Os diagnósticos para as DPI relacionada às doenças do tecido conjuntivo (DPI-DTC), sarcoidose, e condições mais raras seguiram os critérios descritos na literatura. Critérios para diagnóstico de fibrose pulmonar idiopática não biopsiados e sem faveolamento na tomografia de tórax foram baseados em um algoritmo próprio. O diagnóstico de pneumonite de hipersensibilidade se baseou nos critérios sugeridos por Johannson e Pérez (2022). Foram excluídos os casos de DPIs secundárias a doenças neoplásicas, infecções e doenças cardíacas. Todos os casos foram revisados centralmente para consistência diagnóstica. Resultados: Foram incluídos 1406 pacientes, com idade = 61 ± 14 anos, 54% do sexo feminino. Exposição a agentes orgânicos estava presente em 56%, a agentes inorgânicos em 13%. Sintomas de RGE foram referidos por 49% dos casos. História familiar de doença intersticial foi relatada por 8% dos casos. A CVF foi 68±19% do previsto. Na TCAR achados indicativos de fibrose estavam presentes em 74%, faveolamento em 21%. Autoanticorpos em títulos relevantes estavam presentes em 33% dos casos, sendo o FAN o mais frequente (21%). Biópsia transbrônquica foi realizada em 23% dos casos, tendo mostrado achados diagnósticos ou compatíveis em 36%. Biópsia pulmonar cirúrgica foi realizada em 241 (17,1%) dos casos; em 4,1% os achados foram inconclusivos. Os diagnósticos finais nas doenças presentes em mais de 1% dos casos, em ordem decrescente, foram: DPI-DTC 27%, pneumonite de hipersensibilidade 23%, FPI 14%, doenças não classificadas 10%, sarcoidose 6%, silicose 3%, doenças induzidas por drogas 3%, doenças tabaco-relacionadas 2%, pneumonia intersticial não específica 2%, bronquiolites diversas 2%, pneumonia em organização criptogênica em 1% e doença por microaspiração em 1% dos casos. Os diagnósticos variaram significativamente por centro (x2=312,4, p<0,001). As DPI-DTC mais frequentes foram: esclerose sistêmica 31%, artrite reumatoide 18%, Pneumonia intersticial com achados de autoimunidade 15%, síndrome de Sjögren 11% e miosites 10%. Exposição não aparente para PH foi observada em apenas 10 (3%) dos casos. Conclusão: No Brasil, as DPI-DTC são a causa mais comum de doenças pulmonares intersticiais, seguidas de perto pela pneumonite de hipersensibilidade. Sarcoidose incidente foi observada em apenas 6% dos casos. Este padrão difere do observado em outros países.
- ItemSomente MetadadadosO lavado broncoalveolar (LBA) no diagnóstico das doenças intersticiais(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2012) Lopes, Renato Antonio Migliano [UNIFESP]; Franco, Marcello Fabiano de [UNIFESP]Introdução: O lavado broncoalveolar tem sido empregado desde 1966 quando Reynolds e Newbal introduziram o uso do soro fisiologico no broncoscopio flexivel e, em 1974, este procedimento tornou-se conhecido como lavado broncoalveolar, sendo um procedimento seguro e que vem contribuindo de forma significativa para o diagnostico de numerosas doencas pulmonares. Objetivos: i) Propor o uso do LBA como procedimento de apoio ao diagnostico clinico das doencas pulmonares intersticiais idiopaticas comparando com o diagnostico puramente clinico. ii) Verificar a possibilidade do diagnostico diferencial do LBA entre os pacientes portadores de Fibrose pulmonar idiopatica (FIP) e Pneumonia de hipersensibilidade (PH). Materiais e Metodos: Foram analisadas amostras de LBA de 70 pacientes com suspeita clinica de doenca intersticial provenientes do ambulatorio do Hospital São Paulo - UNIFESP. A analise deste material compreendeu a contagem absoluta e diferencial dos leucocitos, reacao pelo PAS e ferritina, e analise imuno-histoquimica. Resultados: O valor da contagem diferencial do LBA dos pacientes foi introduzido em Graficos boxplot e de barra, levando em conta somente as contagens dos neutrofilos e linfocitos, celulas que tem importante papel na patogenia e no diagnostico diferencial das doencas intersticiais. Esses dados foram comparados com os achados clinicos, obtendo-se um acerto entre os dados do LBA e os achados clinicos de aproximadamente 94%. Tambem foi realizada a comparacao dos valores da contagem diferencial entre os pacientes com FIP e PH, tendo sido constatado que o LBA e ferramenta util na diferenciacao destas doencas. Conclusao: Os resultados das contagens absolutas e diferenciais no LBA em conjunto com o diagnostico clinico e por imagem, sugere a presenca de doenca intersticial e ainda, pode diferenciar a FIP e PH nestes pacientes