Navegando por Palavras-chave "Restrição alimentar"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Alimentação vegetariana estrita em crianças: uma revisão de escopo(Universidade Federal de São Paulo, 2024-11-27) Valdez, André Luiz Soares [UNIFESP]; Reis, Fernanda Linhares dos [UNIFESP]; Martins, Paula Andrea [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/1364300323959453; http://lattes.cnpq.br/2212144829273041; https://lattes.cnpq.br/5264289558712653; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)O crescimento do número de pessoas e famílias que adotam o vegetarianismo e/ou o veganismo como estilo de vida ocorre no Brasil e no mundo. O crescimento do vegetarianismo infantil levanta debate entre especialistas acerca de sua segurança. Esta revisão de escopo analisou 21 publicações acadêmicas de 2003 a 2024, extraídas das bases de dados PubMed® e BVS - Biblioteca Virtual em Saúde, com o objetivo de mapear as evidências sobre a segurança ou risco de uma dieta vegana em crianças de todas as faixas etárias e encontrar lacunas na produção científica sobre o tema. As evidências encontradas sugerem que dietas vegetarianas apresentam um perfil protetor cardiovascular e metabólico, mas predispõem a deficiências de micronutrientes e por isso deveriam ser sempre planejadas e suplementadas em acompanhamento com especialistas para garantir um aporte adequado de todos os nutrientes. Entre as lacunas, a falta de produção científica fora da Europa e do Estados Unidos da América (EUA), a falta de clareza sobre a matriz alimentar dos nutrientes investigados em estudos com avaliação dietética e poucos dados sobre os profissionais que atendem essas famílias e seu grau de especialização. É necessário que sejam produzidos mais materiais que sirvam como referência para esses profissionais e para as famílias, disseminando informação confiável sobre o tema.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Avaliação da atividade fagocítica e microbicida de macrófagos alveolares de ratos de baixo peso ao nascer(Universidade Federal de São Paulo, 2023-01-12) Negreiros, Náthani Gabrielly Silva [UNIFESP]; Landgraf, Richardt Gama [UNIFESP]; Azevedo, Gabriela Araújo de; http://lattes.cnpq.br/2102197172721190; http://lattes.cnpq.br/9656990228494629; http://lattes.cnpq.br/6155381223665537A restrição alimentar materna durante a gravidez induz adaptações fetais morfológicas e metabólicas e predispõe a doenças metabólicas, incluindo diabetes e hipertensão, na prole. Distúrbios metabólicos também podem ser induzidos pelo desequilíbrio de fatores pró e anti-inflamatórios, como observado na sepse. Em estudos anteriores, nosso grupo demonstrou que a restrição alimentar durante a gestação resultou em baixo peso ao nascer, hipocelularidade na medula óssea e no sangue periférico, redução na migração de leucócitos e baixa resposta inflamatória em ratas Wistar com 12 semanas. O objetivo deste estudo foi avaliar a capacidade fagocítica e microbicida de macrófagos alveolares, de animais que sofreram restrição alimentar intrauterina. Para isso, os animais foram acasalados, ratos Wistar fêmeas e machos da mesma idade (12 a 16 semanas de idade). O dia 1 da gestação foi definido como o dia em que os espermatozoides foram detectados no esfregaço vaginal. Após a confirmação da ocorrência do acasalamento, as ratas foram divididas aleatoriamente em 2 grupos: Controles - dieta e água ad libitum; Restritos - 50% de restrição alimentar e água ad libitum. Com 12 semanas de idade, ratos machos descendentes de ambos os grupos foram eutanasiados e os macrófagos alveolares incubados com Saccharomyces cerevisiae, na proporção de 4:1, por 4 horas. Para avaliar a atividade microbicida foi feita a contagem das unidades formadoras de colônia (UFC) dessas células com Saccharomyces cerevisiae. Observamos que as mães que sofreram restrição alimentar não apresentaram ganho de peso durante o período gestacional e os filhotes nasceram com baixo peso e tamanho reduzido. Após o 20º dia de vida, os filhotes de baixo peso (restrito) igualaram-se ao peso dos filhotes de peso normal (controle), superando a diferença de massa corporal entre os grupos. O grupo restrito apresentou menor atividade fagocítica e microbicida quando comparado ao grupo controle. Os resultados obtidos até o momento indicam que a menor capacidade fagocitária e microbicida dos macrófagos de ratos de baixo peso ao nascer pode estar contribuindo para o desenvolvimento de doenças.
- ItemEmbargoEstudo transgeracional dos efeitos da restrição alimentar materna sob a atividade funcional de macrófagos alveolares da prole adulta(Universidade Federal de São Paulo, 2024-04-30) Azevedo, Gabriela Araujo de [UNIFESP]; Landgraf, Richardt Gama [UNIFESP]; Landgraf, Maristella de Almeida Vitta [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0918820835437686; http://lattes.cnpq.br/9656990228494629; http://lattes.cnpq.br/2102197172721190A baixa oferta de nutrientes durante a gestação pode causar adaptações morfológicas e metabólicas duradouras no indivíduo, algumas também afetar as gerações subsequentes. Embora essas adaptações sejam benéficas a curto prazo, pois acontecem com o propósito de sobrevivência, elas podem levar o indivíduo a maior propensão ao desenvolvimento de doenças na vida adulta, como obesidade, diabetes e hipertensão. Além disso, com o estresse causado pela restrição de alimentos durante a fase de embriogênese, alguns órgãos podem ser diretamente afetados, principalmente o pulmão que possui uma formação complexa, já que seu amadurecimento completo só ocorre após o nascimento. Estudos anteriores do grupo observaram, em modelo animal, que ratos Wistar que sofreram restrição alimentar intrauterinamente apresentaram redução da resposta inflamatória aguda induzida por LPS e da resposta inflamatória pulmonar alérgica. Uma das células que estão ligadas diretamente com a resposta inflamatória e por garantir a homeostase no organismo são os macrófagos. O objetivo do trabalho consiste em avaliar, na prole de ratos Wistar, a influência da programação fetal ocasionada pela restrição alimentar durante toda a prenhez, em animais da 1ª e 2ª geração, avaliando tamanho, atividade dos macrófagos e produção de citocinas na 1ª e 2ª geração. Com esse propósito, realizamos o acasalamento, acompanhamos a prenhez das ratas e separamos em dois grupos, o grupo controle que recebeu ração ad libitum e grupo restrito que recebeu apenas 50% de ração durante todo período gestacional. Após o nascimento da prole (1ª geração) realizamos o acompanhamento de peso e tamanho dos animais. Para obter a geração F2, animais que sofreram restrição intrauterina foram acasalados, pai e/ou mãe. Estes animais não tiveram nenhuma restrição alimentar ou oferta de água reduzida durante toda a gestação e foram divididos em três diferentes grupos: Grupo P-F2, onde somente o pai é proveniente das ratas que sofreram restrição alimentar na F1; Grupo M-F2, onde somente a mãe é proveniente das ratas que sofreram restrição alimentar na F1 e Grupo PM-F2 onde o pai e a mãe são provenientes das ratas que sofreram restrição alimentar na F1. Na 12ª semana de vida obtivemos as células de macrófagos alveolares, para avaliar o a capacidade fagocítica e microbicida desses macrófagos e analisar as citocinas no sobrenadante da cultura de macrófagos. Os resultados obtidos indicam que a restrição intrauterina provoca diminuição no ganho de massa corporal das ratas prenhas, no tamanho e no peso corporal das proles, e que o baixo peso ao nascer e o menor tamanho são características transgeracionais. No entanto, não verificamos diferença entre os grupos da segunda geração. Também observamos que os macrófagos alveolares do grupo restrito apresentam uma capacidade fagocítica e microbicida inferior àquela observada no grupo controle, sendo que a atividade microbicida pouco efetiva se manifesta também na geração F2 em todos os grupos. Avaliando a produção de citocinas pró inflamatórias IL-1β e IL-6, utilizamos como estímulo as leveduras Saccharomyces cerevisiae durante 4 horas e observamos que a expressão de IL-1β e IL-6 está aumentada unicamente no grupo controle + leveduras quando comparado aos demais grupos estimulados (restrito, P2-F2, M2-F2 e PM-F2). No caso da IL-10, uma citocina anti-inflamatória, a expressão está elevada apenas no grupo restrito sem levedura. Logo, a conclusão do trabalho é a de que existe uma interação entre a restrição alimentar intrauterina e a atividade dos macrófagos. Além de alterações de tamanho e massa corporal, alterações de atividade dos macrófagos são transgeracionais, independente se só pai, ou mãe ou ambos sofreram restrição alimentar intrauterina. A restrição alimentar durante a gestação pode estar causando alterações na linha germinativa, que afetam mecanismos epigenéticos do indivíduo, podendo levar a mudanças transgeracionais transmitidos por linhas maternas ou paternas. Porém uma maior compreensão das mudanças causadas na resposta imunológicas e das modificações epigenéticas nesses animais se faz necessária para confirmar se a restrição alimentar durante o período gestacional poderia aumentar a predisposição de doenças nas próximas gerações, mesmo que nestas proles não ocorra redução da oferta de nutrientes e então podemos realizar as intervenções precoces dirigidas à saúde das mulheres grávidas garantirão a saúde da população a seguir.