Crenças e atitudes educativas dos pais e problemas de saúde mental em escolares

Data
2005-10-01
Tipo
Artigo
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Resumo
OBJECTIVE: To verify the prevalence and identify the risk factors related to mental health problems among schoolchildren and its possible association with the beliefs and educational attitudes of parents/caretakers. METHODS: Cross-sectional study with a stratified probabilistic sample (n=454) of first to third-graders from public and private schools in Southeastern Brazil. Standardized instruments were administered to parents/caretakers by trained interviewers, including screening questionnaires for mental health problems among children and parents/caretakers; a questionnaire on beliefs and attitudes; and a questionnaire for socio-economic status. Chi-square tests and logistic regression models were used for statistical analysis. RESULTS: We found 35.2% prevalence of clinical/borderline cases among students. Parents/caretakers that believed in corporal punishment as a child-rearing method used physical aggression towards their children more frequently (64.8%). Logistic regression models showed that the act of hitting the child with a belt was associated to conduct problems and to overall mental health problems among schoolchildren in the presence of other risk factors: child gender (male), parents/caretakers with mental health problems, and adverse socioeconomic conditions. CONCLUSIONS: The high prevalence of mental health problems among schoolchildren and its association with child-rearing methods and mental health problems among parents/caretakers indicate the need for psycho-educational interventions aimed to reduce physical abuse and mental health problems in childhood.
OBJETIVO: Verificar a prevalência e fatores de risco para problemas de saúde mental em escolares e sua possível relação com crenças e atitudes educativas de pais/cuidadores. MÉTODOS: Estudo de corte transversal; com amostra probabilística e estratificada (n=454) de escolares das primeiras três séries do ensino fundamental de escolas públicas e particulares de Taubaté, Estado de São Paulo. Foram aplicados instrumentos padronizados a pais/cuidadores por entrevistadores treinados: questionários de rastreamento de problemas de saúde mental em crianças e pais/cuidadores; questionário de crenças e atitudes educativas; questionário de classificação econômica. As seguintes análises estatísticas foram utilizadas: testes de qui-quadrado e modelos de regressão logística. RESULTADOS: A prevalência dos casos clínicos/limítrofes entre os escolares foi de 35,2%. Pais/cuidadores que acreditavam na punição física como método educativo agrediam fisicamente seus filhos com maior freqüência (64,8%). Modelos de regressão logística revelaram que a atitude de bater com o cinto esteve associada a problemas de conduta e a problemas de saúde mental em geral nos escolares, na presença de outros fatores de risco: sexo da criança (masculino), pais/cuidadores com problemas de saúde mental e condições socioeconômicas desfavoráveis. CONCLUSÕES: A alta prevalência de problemas de saúde mental em escolares e sua associação com métodos educativos e problemas de saúde mental dos pais/cuidadores indicam a necessidade de intervenções psicoeducacionais para reduzir o abuso físico e os problemas de saúde mental na infância.
Descrição
Citação
VITOLO, Ymara Lúcia Camargo et al . Crenças e atitudes educativas dos pais e problemas de saúde mental em escolares. Rev. Saúde Pública, São Paulo , v. 39, n. 5, p. 716-724, out. 2005
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